O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), respondeu, nesta quarta-feira (28/8), ao deputado Glauber Braga (PSol-RJ), que mais cedo o chamou de “bandido” durante discurso no Conselho de Ética da Casa.
“Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje [quarta-feira 28/8], por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética, por ter agredido uma pessoa presente no interior da própria Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo”, declarou Lira em nota.
O presidente da Câmara também declarou que “xingamentos, ofensas pessoais e agressões são comportamentos incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante da Câmara dos Deputados”.
“Sigo comprometido com o bom debate parlamentar e com a respeitosa troca de ideias, certo de que a sociedade brasileira, que tem fome de progresso e que não concorda com o ódio, espera muito mais de nós”, concluiu o presidente da Câmara.
O que aconteceu Glauber acusou Lira de articular pela sua cassação enquanto se defendia do processo que pede a perda do seu mandato por agressão contra um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). Ele acusou o relator da representação, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), de trabalhar em favor de Lira.
“O senhor [o relator] montou esse relatório a partir de uma articulação direta do presidente da Câmara, do senhor Arthur Lira […]. Faz isso combinado com o presidente da Câmara, que já há bastante tempo trabalha para me tirar da Câmara dos Deputados”, destacou Glauber no colegiado.
“O senhor Arthur Lira é um bandido, que está na presidência da Câmara dos Deputados. Está roubando o orçamento público”, completou.
A representação contra Glauber foi apresentada pelo Partido Novo, e é relatada pelo deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que negou qualquer negociação com Lira.
O relator defendeu em seu texto a admissibilidade do processo contra o deputado do PSol. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) pediu vista, e a votação do parecer do relator saiu da discussão.