O governo francês, liderado pelo primeiro-ministro Michel Barnier, apresentou uma proposta orçamentária para o próximo ano que inclui cortes de gastos na ordem de 60 bilhões de euros. Essa medida visa enfrentar o crescente déficit fiscal do país. Barnier enfatizou que a redução da dívida pública é sua principal prioridade, mesmo ciente dos desafios políticos que isso pode acarretar. O ministro da Economia, Antoine Armand, revelou que haverá uma diminuição de 40 bilhões de euros nas despesas públicas, afetando todos os ministérios.
Além disso, o orçamento contempla a criação de um imposto “excepcional” que incidirá sobre aproximadamente 440 grandes empresas, com a expectativa de arrecadar cerca de 12 bilhões de euros. Caso as propostas sejam aprovadas, elas representarão uma mudança significativa em relação às políticas econômicas do presidente Emmanuel Macron, que priorizava a diminuição de impostos.
A votação do orçamento na Assembleia Nacional será um importante teste para Barnier, especialmente em um contexto de preocupações sobre os altos custos de empréstimos da França, que agora superam os de países como Alemanha e Espanha. A Comissão Europeia também analisará o projeto orçamentário, uma vez que o déficit francês deve ultrapassar 6% do PIB até o final do ano.
O setor público será o mais impactado, com cortes de despesas e a eliminação de cerca de 2.200 postos de trabalho. O ministro do orçamento, por sua vez, assegurou que haverá aumentos significativos em áreas que visam fortalecer a soberania e a segurança do país, com foco especial nos setores da Justiça e das Forças Armadas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias