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Boulos vai para o tudo ou nada ao topar um debate com Pablo Marçal

Desespero ou jogada inteligente de Guilherme Boulos (PSOL), nove ou dez pontos percentuais atrás de Ricardo Nunes (MDB) nas pesquisas de intenção de voto para prefeito de São Paulo? Só saberemos quando se abrirem as urnas no próximo domingo.

Boulos aceitou o convite de Pablo Marçal (PRTB) para debater com ele os principais problemas de São Paulo. O convite era extensivo a Nunes, que o recusou. Nunes foge de debates porque essa é uma arte que não domina. Quando comparece, ele passa vergonha.

A intenção de Boulos só pode ser uma: aproveitar o debate para dirigir-se exclusivamente ao público de Marçal, um contingente de eleitores que no primeiro turno chegou próximo dos 30% do total. Boulos torcia para enfrentar Marçal no segundo turno.

Sempre achou que seria mais fácil derrotá-lo do que a Nunes. Nas suas contas, parte da direita que se diz civilizada o apoiaria para não ter Marçal como prefeito. Boulos não admite, mas na periferia de São Paulo, onde julgou possível, deu uma força a Marçal.

Foi Marçal que errou. Para aumentar a rejeição a Boulos, Marçal forjou documentos sobre uma suposta internação de Boulos em uma clínica de drogados. A mentira desmoronou em poucas horas, e o que aumentou foi a rejeição a Marçal, não a Boulos.

A pergunta que não cala: Boulos imagina que Marçal, por tudo que já fez de sujo contra ele, Nunes e Luiz Datena no primeiro turno, desta vez irá se comportar com um mínimo de decência? No limite, o ajudaria a conquistar votos entre seus eleitores?

Boulos parte do princípio de que representa a mudança no embate com Nunes, e que os eleitores de Marçal queriam a mudança quando votaram nele. Caso se saia bem no encontro com Marçal, poderia diminuir a vantagem que Nunes abriu sobre ele.

Um comercial da campanha de Boulos para a televisão mostra eventuais eleitores de Marçal trocando de chapéu: eles tiram o que usaram com a letra “M” e põem o chapéu onde está escrito “Boulos”. Como peça de marketing, faz sentido. Mas, e daí?

E se o convite de Marçal para o debate não passar de uma armadilha montada por ele não só para sair do ostracismo momentâneo, como também para causar danos à imagem de Boulos a quatro dias da eleição? Marçal não é confiável.

É uma jogada arriscada de Boulos. A conferir.

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