Distintivo da Polícia Federal, uniforme, colete, fotos em frente à sede da força policial e um celular com fotos de abuso infanto-juvenil. Tudo isso estava com um homem alvo de operação da própria PF, que se passava falsamente por um representante da corporação.
A Operação Frank, deflagrada nesta terça-feira (24/10), no Rio de Janeiro, investiga um homem que vinha se passando por agente da PF, “não só em ambientes internos e privados, mas também em espaços públicos”, diz comunicado da força policial.
Os policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Niterói, na cidade de São Gonçalo (RJ).
“Um exemplo da atuação do preso se deu quando o mesmo ‘prestou serviço’ de apoio e segurança em ambos os turnos das últimas eleições, em uma zona eleitoral de São Gonçalo. Segundo relato de um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), o homem estava uniformizado e portava uma suposta arma de fogo, além de distintivo”, conta a assessoria de imprensa da PF.
O suspeito não só se vestia como um PF, mas também tirava fotos de uniforme enfeitado com emblemas da Polícia Federal, colete tático, distintivo e o que seria uma arma de fogo. Ele ainda tirou fotos, todo uniformizado, em à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, e usava as imagens para comprovar suas histórias.
Desse modo, ele deu golpes e tirou dinheiro e até o carro de vítimas. Além disso, o homem armazenava imagens de abuso sexual infantil, em fotos encontradas no celular dele.
“O criminoso já havia sido alvo de uma ação da PF em agosto deste ano, quando policiais federais apreenderam um aparelho celular, algemas, calça tática, coturno, colete tático com símbolo da corporação e a inscrição ‘Polícia Federal’, duas camisas com símbolos da PF, coldres, um simulacro de arma de fogo, dois rádios comunicadores, além de outros acessórios que eram utilizados pelo preso”, contabilizou a corporação.
Pelos crimes de falsificação do selo ou sinal público e armazenamento de conteúdo pornográfico infanto-juvenil, ele pode pegar penas somadas de até 10 anos.
Ação da PF inspirada em Leonardo DiCaprio A Operação Frank leva esse nome por causa do personagem de Leonardo DiCaprio no filme Prenda-me Se For Capaz.
A película conta a história do falsificador Frank Abagnale Jr. Ele cria diversas fantasias, como de comandante de uma companhia aérea e médico, falsifica cheques e dá diversos golpes. Até que, enfim, é preso agente do FBI Carl Hanratty.