InícioNotíciasPolíticaAdvogados de Bolsonaro terão muito trabalho nos próximos anos

Advogados de Bolsonaro terão muito trabalho nos próximos anos

No Parlatório, Lula falou de pacificação. No Congresso, fez duras críticas ao governo anterior e à campanha eleitoral de Jair Bolsonaro. Já com a caneta na mão, pediu para a Controladoria-Geral da União reavaliar os sigilos de informações impostos nos últimos quatro anos. E foram muitos. É o primeiro passo para revelar as ações de um governo que primou pela ausência de transparência.

“Não carregamos nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a Nação a seus desígnios pessoais e ideológicos, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com amplo direito de defesa, dentro do devido processo legal”, disse Lula.

É claro o sentimento de revanche. Entretanto, ele seguirá a lei. Ao contrário das manobras da Lava Jato, em que juiz e procurador se uniram para tirar Lula do jogo político, a lógica é o Executivo assistir à distância as decisões do Judiciário. Deixar as áreas técnicas agirem. Mas auxiliar sempre que possível, como no caso dos sigilos.

Sobre as mortes durante a pandemia, Lula culpou “a atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes”.  Aqui o rol de crimes foi escancarado pela CPI da Covid.

Já está no STF a investigação sobre a divulgação de notícias falsas contra a vacina. Bolsonaro associou a vacinação a AIDS. Há menos de uma semana a Polícia Federal conclui que as ações do ex-presidente se enquadram como incitação pública à prática de crime, pois sua fala incentivou o descumprimento das regras sanitárias do período. Isso sem falar na defesa da cloroquina, de promover aglomerações, o escândalo Covaxin. A pandemia vai dar muito trabalho aos advogados do ex-presidente.

Sobre a campanha eleitoral, Lula afirmou no Congresso que houve a “mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado”. Nunca os recursos do estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder. Nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos”.

Há 16 ações no Tribunal Superior Eleitoral contra Bolsonaro. São suspeitas de abuso de poder econômico e político e uso indevido dos meios de comunicação estatais.  E ainda há pagamento de anúncios em redes sociais, a ação da Polícia Rodoviária Federal no dia de eleição, o uso explícito de dinheiro público para financiar as viagens oficiais durante a campanha. A lista é longa, mas o TSE não tem fama de punir políticos com a rigidez necessária.

Existem ainda os inquéritos das fake news sobre ataques contra os ministros da Corte e outro sobre a interferência na Polícia Federal. Hoje o PSOL protocolou o pedido de prisão preventiva de Bolsonaro no STF. O partido pede que sejam apurados seus discursos golpistas, que atentaram contra a democracia e o Estado de Direito. Fala ainda sobre o risco do ex-presidente não retornar ao país.

Este será só o primeiro de muitos. E agora não há nem foro privilegiado, nem presidente do Congresso para blindar Bolsonaro. Apesar do risco de prisão, politicamente fazer-se de vítima (mais uma vez) seja eficiente para animar sua militância, decepcionada com sua fuga para os EUA.

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