A atividade de investidores estrangeiros da bolsa brasileira bateu saldo negativo de R$ 5,84 billhões nos primeiros doze pregões de agosto, segundo dados compilados pela TradeMap.
Com o resultado, a saída do capital estrangeiro na bolsa local é a maior desde maio de 2022.
Se desconsideradas as ofertas subsequentes de ações (o chamado follow-on, como o feito na privatização da Copel neste mês), o valor seria ainda maior, de R$ 8,63 bilhões.
A bolsa local vive o que tem se chamado de “agosto vermelho”. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, chegou a 13 quedas seguidas no pregão da última quinta-feira (17/8), a pior sequência da história para o índice.
Apesar das quedas, o Ibovespa ainda acumula alta acima de 8% no ano, devido ao bom resultado nos primeiros meses. As quedas dos últimos dias, embora sequenciais, também são vistas como ainda pequenas por analistas, como mostrou o Metrópoles.
Além dos efeitos externos, balanços de grandes companhias locais também impactam o Ibovespa: a maior saída de estrangeiros do mês ocorreu no último dia 4 de agosto, quando a queda no Ibovespa foi impulsionada pelos balanços de Petrobras e Bradesco.
No entanto, a queda livre do índice pode continuar e se acentuar diante das dúvidas sobre as economias de China e Estados Unidos, que derrubam as bolsas pelo mundo nos últimos dias.
A avaliação é que um cenário global conturbado aumenta a aversão a risco dos investidores, uma má notícia para mercados emergentes como o brasileiro.