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Alba Seguradora inicia uma nova história

Em 2018, prestes a completar um século e meio de atuação, a tradicional Companhia de Seguros Aliança da Bahia dá início a um novo ciclo. A partir de um novo modelo de governança, a empresa baiana, que por décadas foi a maior seguradora do país, inicia um projeto para retornar ao mercado. “A gente pensou muito sobre como uma empresa de 150 anos, completados em 2020, deveria voltar e a decisão foi por se apresentar como uma empresa leve, que democratiza o acesso aos seguros, torna mais simples o acesso aos seguros para uma enorme massa que precisa de proteção”, conta Solon Barretto, diretor comercial e operacional da Alba Seguradora. O novo nome e a nova marca são reflexos de um processo de transformação, aponta o diretor da empresa. Para Solon, a Alba Seguradora atravessou um século e meio de história por saber conciliar a prudência nas decisões gerenciais com a inovação na oferta de serviços. Esta será a mesma direção que a empresa seguirá daqui para a frente, disse ele ao jornalista Donaldson Gomes, durante a sua participação no programa Política & Economia, veiculado ontem no Instagram do CORREIO (@correio24horas). Para Solon Barreto, a retomada de mercado da Alba acontece em um momento ideal. Ele cita dados de mercado indicando que nos próximos anos o mercado de seguros no Brasil deverá crescer da atual participação de 6,6% no Produto Interno Bruto (PIB) para 10%. “Este é um mercado que está crescendo”, diz. Ele cita um estudo recente da Confederação Nacional de Seguros, indicando que no ano passado a captação total do mercado foi de R$ 622 bilhões. “Nos últimos anos, passamos de uma participação que era em torno de 1% para 6,6% e o que se projeta é chegar a R$ 1,14 trilhão em apenas sete anos”, diz. Para Barretto, o estudo de mercado, feito pela Ernest Young, aliado a um grupo de profissionais com muita bagagem no mercado nos quadros da companhia, foi fundamental para que a Alba tenha se posicionado adequadamente no cenário atual. Barretto destaca a importância dos profissionais para o mercado. Segundo ele, o desafio de buscar soluções novas o tempo inteiro e o propósito de oferecer tranquilidade são os principais fatores para reter profissionais na área. “Eu fui capturado por este mercado na Década de 90 e você simplesmente não consegue sair dele”, conta. “Mesmo com tanto tempo de mercado, todo dia tem algo novo para aprender, sobretudo neste momento atual”, diz. Um exemplo dos constantes desafios, lembra é a pandemia de covid, que chegou sem jamais ter sido prevista. “As seguradoras sofreram, mas honraram os compromissos, mesmo diante de um número de mortes que não estava previsto”, conta. Outro desafio está nas novas gerações, que já nascem em um mundo totalmente digital. “As pessoas de 18 anos, 20 anos, que serão os consumidores do futuro, só conhecem o mundo digital e precisamos dialogar com elas”, diz. “O mercado precisa continuar tradicional, sólido, mas precisa ser cada vez mais democrático e isto acontece no digital”. “Pode parecer piegas, mas é instigante trabalhar para garantir que uma pessoa mantenha o seu patrimônio, o seu padrão de vida. Não existe nada pior do que num momento de dor ter que se preocupar com a sobrevivência”, destaca. A Alba Seguradora está lidando com o desafio de trazer de volta para Salvador a matriz de uma empresa cujo setor se notabiliza por uma grande concentração no estado de São Paulo. Segundo Barretto, uma das principais frentes de trabalho diz respeito à formação de pessoas. “Temos um desafio de trazer novos profissionais e de formar as nossas equipes”, explica o diretor da Alba. A empresa está investindo em capacitações e qualificações contando com a ajuda de veteranos no mercado. Além disso, a empresa conta com o trabalho da Escola de Negócios e Seguros (ENS) para a formação de mão de obra. “Já fizemos diversos cursos com eles, que capacitaram profissionais, estagiários, técnicos e analistas, para nos ajudar a formar esta turma jovem”, diz. Longa história A Alba Seguradora é a nova face de uma das mais tradicionais empresas brasileira, com 153 anos e nascida na Bahia. Fundada em 1870, a Companhia de Seguros Aliança da Bahia, ainda no período do Segundo Império, teve a sua autorização de funcionamento expedida pelo Imperador Dom Pedro II e começou suas operações oferecendo garantias para operações marítimas. De lá para cá, passou pelas duas grandes guerras mundiais, diversos momentos econômicos e foi a seguradora de grandes obras, como a da Usina de Itaipú, que foi há até bem pouco tempo a maior hidrelétrica do mundo. “Foi a principal obra de infraestrutura da América Latina e durante muitos anos a maior hidrelétrica do mundo e uma companhia baiana quem assegurou o risco operacional”, destaca. “A Aliança acompanhou toda a história dos riscos em nosso país pelos últimos 153 anos. Desde os riscos da natureza, que era o mais frequente no início da operação, mas não apenas eles”, destaca Solon Barretto, lembrando ainda que por muitas décadas a empresa baiana foi a líder em seu setor no país. “Nós estamos falando de uma empresa que forneceu o seguro para navios que foram para a Primeira e a Segunda Guerra Mundial”, destaca. A história de pioneirismo segue na linha do tempo e em 1982, a Aliança da Bahia abre o seu capital –ainda hoje pouco comum no mercado, pondera o executivo, lembrando que das mais de 7 milhões de empresas em operação no Brasil, apenas 100 mil são sociedades anônimas e 1 mil têm o capital aberto. “Só existem três seguradoras na Bolsa”, diz. Outra marca da companhia no estado é o Hospital Aliança, lembra Barretto, obra idealizada pelo quarto presidente da empresa, Paulo Roberto Tourinho, inaugurado em 1990. Em 1995, o grupo se associa ao Banco do Brasil para constituir a Aliança do Brasil, com atuação marcante principalmente na oferta de seguros de vida e, em 1997, cria a Aliança Participações. O Agenda Bahia 2023 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Unipar, apoio institucional do Sebrae, apoio da Wilson Sons, Salvador Bahia Airport e 4events e parceria da Braskem e Rede+.

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