Foto: Zeca Ribeiro/Arquivo/Agência Câmara
Plenário da Câmara dos Deputados 03 de novembro de 2023 | 09:06
Os partidos autointitulados de oposição, a saber, Podemos, PSDB, Cidadania e Patriota, têm demonstrado apoio ao Palácio do Planalto em votações recentes na Câmara dos Deputados. Em questões cruciais para o governo Lula, como a aprovação da taxação dos super-ricos na semana passada e a estrutura fiscal, essas siglas têm exibido um nível de apoio superior a 70%, superando mesmo algumas legendas da base governista, como o PSOL e a União Brasil. A reportagem é do jornal “O Globo”.
Dentro desse grupo que, pelo menos retoricamente, se autodeclara como oposição ao governo petista, apenas o Partido Novo, com três deputados, tem mantido uma postura consistentemente contrária às propostas da administração Lula. Em contrapartida, no Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro, existe um núcleo governista composto por pelo menos 30 parlamentares que permanecem leais ao ex-presidente. A maioria desses deputados já fazia parte da sigla antes da chegada de Lula e provém, em sua maioria, das regiões Norte e Nordeste, onde a esquerda tem maior apoio eleitoral.
No entanto, essa postura não isentou esses parlamentares de possíveis punições por parte da direção do partido. Em maio deste ano, o deputado Yury do Paredão (CE) foi expulso do partido por ter feito um gesto “em alusão a Lula” ao lado de ministros do governo. A medida mais drástica foi aplicada exclusivamente a Yury do Paredão, mas, após a votação da Medida Provisória que reestruturou os ministérios, outros oito deputados foram suspensos das comissões temáticas que integravam na Câmara por terem se posicionado a favor da MP.
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