A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, revelou que Hussein Ahmad Karaki é o líder do Hezbollah na América Latina. Ele é apontado como responsável pelos ataques à embaixada de Israel em Buenos Aires, ocorridos em 1992, e ao prédio da associação judaica Amia, em 1994. Karaki, que reside no Líbano, estaria utilizando identidades falsas e seria o mentor de planos de atentados no Brasil e no Paraguai, agindo sob as ordens de Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah. Bullrich anunciou sua intenção de solicitar à Interpol que inclua Karaki em sua lista de procurados. A medida ocorre em um contexto de crescente preocupação com a segurança na região, especialmente após os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Em resposta a essa situação, a Polícia Federal do Brasil prendeu três indivíduos em uma operação que investigava o recrutamento de brasileiros para ações terroristas, com foco em alvos israelenses na América Latina.
Os ataques à embaixada de Israel e à Amia resultaram em um total de 114 mortes, sendo 85 e 29, respectivamente. Em abril deste ano, a Justiça argentina responsabilizou o Irã pelos atentados, considerando-o o financiador do Hezbollah. Essa decisão judicial foi interpretada pelo presidente argentino, Javier Milei, como uma revelação das tentativas anteriores de ocultar a responsabilidade do Irã nos ataques. A identificação de Karaki e as ações da ministra Bullrich refletem um esforço mais amplo para combater o terrorismo na América Latina. A crescente tensão na região, exacerbada pelos conflitos no Oriente Médio, tem gerado um clima de alerta entre as autoridades de segurança. A colaboração internacional, especialmente com a Interpol, é vista como essencial para enfrentar essa ameaça.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA