Coordenadores da campanha à reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), minimizam as chances de o União Brasil romper com o emedebista para apoiar Pablo Marçal (PRTB) na eleição de outubro.
Sob reserva, lideranças do MDB avaliam que a ameaça do presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), de migrar para a candidatura de Marçal seria apenas um “jogo de cena”.
“É jogo de cena. Estranho seria se ele não fizesse isso”, afirmou à coluna um influente cacique do MDB.
Na visão de emedebistas, Milton Leite vende a possibilidade de apoiar Marçal apenas para tentar negociar um espaço maior para seu grupo político no eventual segundo mandato de Nunes como prefeito, se reeleito.
Como mostrou o Metrópoles, o vereador surpreendeu Nunes ao relatar diculdades na relação com o atual prefeito e cogitar publicamente apoiar outro candidato na eleição para Prefeitura de São Paulo.
Coordenador de Nunes almoça com Milton Leite Na sexta-feira (12/7), o presidente do MDB, Baleia Rossi, que coordena a campanha de Nunes, almoçou com Milton Leite na capital paulista. O almoço, contudo, foi inconclusivo.
“Melhorou o diálogo, mas com soluções ainda em discussão”, afirmou o presidente da Câmara Municipal à coluna.
Baleia também admitiu que o almoço foi “inconclusivo”, mas previu que os ajustes que serão feitos nos próximos dias devem evitar o rompimento do União Brasil com Nunes.
“O União Brasil é partido importante e nós precisamos fazer os ajustes finais para que tenha estabilidade. Ele (Milton) é um cara que tem muita experiência, é o presidente da Câmara (Municipal) que mais aprovou projetos do executivo. Não há motivo nenhum para a gente tensionar. Mais uma semana acredito que a gente terá um resultado positivo”, afirmou o presidente do MDB à coluna.