InícioEditorialEsportesCauly explica início na Alemanha e mostra empolgação com chance no Bahia

Cauly explica início na Alemanha e mostra empolgação com chance no Bahia

Baiano, nascido em Porto Seguro, mas que fez toda base na Alemanha e só aos 27 anos terá a primeira chance de jogar no futebol brasileiro. Esse é Cauly Oliveira, último reforço anunciado pelo Bahia. 

Nesta segunda-feira (6), o meia foi apresentado oficialmente pelo tricolor. Na Fonte Nova, ele falou pela primeira vez como jogador do Bahia e explicou o motivo de ter ido buscar na Europa o sonho de se tornar um jogador profissional. 

“Eu nasci em Porto Seguro e fui criado lá até os 11 anos. Depois fui para a Alemanha. Não foi uma decisão fácil. Mas na época eu aceitei e cresci muito como pessoa. Depois tive a oportunidade de realizar um sonho de ser jogador profissional em um dos campeonatos mais fortes do mundo que é o Alemão. Hoje eu sou grato por ter dado esse passo quando criança”, iniciou ele.

 “A adaptação foi muito difícil nos primeiros dois anos. Uma outra cultura, outro clima, idioma. Eu pedia sempre para voltar, mas cresci com isso, com a experiência, e hoje sou grato por ter passado por tudo”, completou. 

Cauly Oliveira deu os primeiros passos no futebol no Colônia, mas se profissionalizou no Fortuna Colônia, outro clube da cidade alemã que carrega o mesmo nome. Ele passou ainda por Duisburg e Paderborn, ambos no futebol alemão, antes de chegar ao Ludogorets, em 2019. 

No clube búlgaro o meia atuou por quatro temporadas. Ao todo ele disputou 115 jogos, marcou 27 gols e deu oito assistências. O jogador foi o segundo que mais criou chances de gols na última Liga Europa e chamou a atenção do Bahia. O diretor de futebol do tricolor, Cadu Santoro, explicou que o meia já estava no radar dos analistas do Grupo City.

No Bahia, Cauly chega para um setor carente. O tricolor conta apenas com Daniel para a função de meia armador. O garoto Patrick Verhon também está no grupo, mas ainda não jogou sob o comando de Renato Paiva. Por sinal, o brasileiro que fez toda a carreira no Velho Continente encontrará no tricolor uma comissão técnica europeia, algo que pode facilitar no processo de adaptação ao estilo de jogo do português Renato Paiva. 

“Eu sou um meio campista técnico, gosto de estar com a bola no  pé, de criar, achar os meus companheiros e achar espaços para finalizar. Tento sempre ser efetivo. Eu estou bem confiante de que vou poder ajudar, vou trazer qualidade, mas também a experiência que eu tenho com uma mentalidade boa”, explicou ele. 

O novo meia tricolor já está regularizado e desde a última sexta-feira (3) está integrado ao elenco e treinando no CT Evaristo de Macedo. Questionado sobre quando estará à disposição para estrear, Cauly explicou que vem de pré-temporada com o Ludogorets e precisa apenas se adaptar ao futebol brasileiro. Nesta quarta-feira (8), o Bahia recebe o Bahia de Feira, na Fonte Nova, pelo Campeonato Baiano. 

“Esse ano foi diferente por conta da Copa do Mundo, a parada foi maior.  Mas eu venho de pré-temporada, estou me sentindo bem. Os últimos dias foram turbulentos, com mudança, voos, pouco sono. Mas eu estou trabalhando e dando o máximo para ficar à disposição o mais rápido possível”, afirmou.

Confira outros assuntos abordados: 

Origem do nome
Meu nome é Cauly, não sei muito bem de onde veio. O meu pai escolheu. Eu acredito que tem uma origem do Havaí, por aí. Meu pai gostava muito de surfar. 

Adaptação ao Brasil
Eu tive uma escola muito boa na Alemanha, passei a base toda lá, conquistei o sonho de jogar no Campeonato Alemão, depois fui para a Bulgária com o sonho de jogar os campeonatos europeus. Claro que o ritmo pode ser diferente, mas futebol é futebol e eu vou tentar me adaptar o mais rápido possível.  

Negociação com o Bahia
Eu tive algumas negociações, outras possibilidades, mas para mim, tendo essa conexão com a Bahia, foi muito especial. Sabendo do projeto do Bahia me deixou empolgado. Acho que é uma chance única, com um grupo forte. Todos unidos vamos dar o máximo para conseguir as conquistas. 

Amizade com Cicinho
Cicinho foi um cara importante para mim na Bulgária. Tanto ele quanto outros brasileiros me ajudaram. Fico feliz por continuar minha carreira ao lado dele, é um cara que eu considero muito. Minha recepção foi boa, fiquei feliz com a estrutura do CT, de alto nível.

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