A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou na tarde desta quarta-feira, 4, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite a comercialização do plasma humano. Com isso, o texto agora vai ao plenário. O projeto é polêmico e recebeu posição “absolutamente contrária” do governo segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em entrevista coletiva concedida na Casa Alta. Como a Jovem Pan mostrou, o responsável pela articulação política do Planalto classificou a proposta como “vampirismo mercadológico”. No entanto, integrantes da base como o senador Otto Alencar (PSD-BA) e a própria relatora da proposta, Daniella Ribeiro (PSD-PB), apoiaram a aprovação do projeto que libera a coleta, o processamento e a venda do plasma no Brasil.
O plasma é uma parte do sangue que não é composto por nenhuma célula e é utilizado como composto para produção de medicamento. A polêmica maior trata da possibilidade de doadores de sangue receberem para doar o plasma, o que há semanas é negado pela relatora. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, é contra a aprovação do texto e dois senadores que foram ministros da mesma pasta em governos diferentes, Humberto Costa (PT-PE) e Marcelo Castro (MDB-PI), também manifestaram posição contrária. “Essa venda amplia as desigualdades sociais e põe em risco a saúde dos brasileiros!”, disse o senador Castro.