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Ciro Gomes não recorre e perde ação contra autor de post no Facebook

Foto: Reprodução

O ex-ministro Ciro Gomes 22 de novembro de 2023 | 11:35

Candidato do PDT na eleição presidencial passada, Ciro Gomes perdeu processo que movia na Justiça do Rio Grande do Sul contra Felippe Hermes, editor do site Blocktrends, que divulga notícias e artigos sobre finanças, tecnologia e criptomoedas.

Ciro e o PDT tinham até a última segunda-feira (20) para recorrer da decisão da Justiça gaúcha que julgou improcedente a ação que pedia a exclusão de um post do Facebook da página Liberdade BR (também mantida por Hermes), bem como indenização por danos morais.

A publicação remetia a um artigo de opinião de Hermes que criticava uma proposta de Ciro sobre a Petrobras. Na legenda da publicação, a página dizia que a ideia de Ciro era “maluca” e poderia levar o país ao SPC, uma referência à proposta do pedetista de limpar o nome de endividados.

Como a publicação negativa havia sido impulsionada no Facebook (modalidade em que a plataforma recebe dinheiro para que o post repercuta para mais pessoas), Ciro e o PDT apontaram “ação orquestrada e patrocinada nas redes sociais para atacar a imagem de um presidenciável”, ainda que o fato tenha ocorrido em setembro de 2021, mais de um ano antes das eleições de 2022.

Hermes critica o papel do youtuber Felipe Neto no episódio, que em suas redes questionou quem estaria por trás do financiamento da publicação. À época, Hermes escrevia também para os sites Infomoney (XP) e Spotniks. Segundo Hermes, o impulsionamento foi do seu próprio bolso e custou R$ 56.

“A decisão do Ciro e do PDT [de processá-lo], apesar de eu considerar erradas, fazem parte do jogo da política. Uma tentativa de criar manchetes e comoção, marcando Ciro como um opositor do mercado financeiro. O pior é o modus operandi empregado pelo Felipe Neto e pela militância de criar ilações sobre o ‘quem financia’”, diz Hermes.

Conforme a Justiça gaúcha, “a parte autora [Ciro], por ser um político, está exposto a uma maior visibilidade, uma maior exposição pública, onde a crítica como opinião nem sempre fere a imagem e a intimidade, porque há disputas de caráter ideológico, devendo-se ter maior tolerância com certas manifestações, próprias do jogo político”.

Caue Fonseca/Folhapress

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