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Coelba projeta nove subestações nova no Oeste

Nos últimos cinco anos, a Neoenergia Coelba realizou investimentos que chegam a quase R$ 11 bilhões na Bahia. Deste total, quase R$ 4 bilhões foram destinados ao Oeste baiano, diz o superintendente de Operações da empresa na região, Leonardo Silva. “A empresa investe uma média de pouco mais de R$ 2 bilhões por ano na Bahia e, se fizermos um comparativo com os últimos quatro anos, temos 30% mais investimentos que o segundo colocado no país”, destacou em entrevista exclusiva para o CORREIO na Bahia Farm Show. 

“Nós estamos evoluindo com relação a novos acessantes e novos pontos de suprimentos para conseguir fazer as obras de distribuição e subestações para fazer as novas conexões que são tão esperadas”, explicou. Segundo ele, a empresa tem feito melhorias para acompanhar as demandas de investimentos do Oeste, mas em algumas áreas da região ainda falta a infraestrutura mais básica para que a empresa de distribuição possa realizar o seu trabalho. “A gente aguarda os leilões para a rede básica com muita expectativa”, diz. 

A Neoenergia Coelba projeta nove novas subestações na região Oeste da Bahia para os próximos anos. O volume de novas unidades é equivalente ao que foi investido pelo empresa distribuidora de energia nos últimos cinco anos na região. Além disso, a companhia investiu em pelo menos dez ampliações na capacidade de fornecimento no mesmo período. 

“Quando a gente pensa no horizonte dos próximos cinco anos, a gente projeta mais nove subestações, além de 14 ampliações de capacidade”, destaca Leonardo Silva, superitendente de operações no Oeste da Neoenergia Coelba. Segundo ele, os investimentos são uma demonstração de que a empresa compreende o seu papel para o desenvolvimento do Oeste, que é um dos principais polos agrícolas do Brasil. “Estamos focados em suprir as demandas do agronegócio com estas novas conexões”, diz. 

Leonardo Silva destaca a implantação da unidade no Rio do Algodão, com 25 MegaVA, que permitiu a captação de novos clientes para a companhia. “Tivemos recentemente a energização de subestações da rede básica no sistema interligado, que no conjunto possui mais de 200 MegaVA para explorarmos na região”, afirma. 

O superintendente de operações da Neoenergia Coelba na região explica que as dificuldades enfrentadas pelo agronegócio baiano é explicado por diversos fatores. “Nós estamos investindo, fazendo nossa parte em relação à distribuição, fazendo nossa parte no que diz respeito às linhas e as subestações”, afirma. 

Ele acrescenta que em determinadas localidades do Matopiba falta a rede básica de transmissão, que é necessária para que a Coelba, uma distribuidora de energia, consolide a sua rede. “Tem complexidade numa região específica do Matopiba, onde temos investimentos, e onde acontecerá inclusive um leilão este ano de rede básica. A partir daí, iremos executar mais obras, inclusive com mais agilidade”, diz.  

“A Neoenergia entende o seu papel na Bahia, é do nosso interesse ampliar nossa estrutura e atender cada vez melhor o agro e todas as outras demandas da região”, ressalta. 

O acesso a energia em quantidade e qualidade suficiente para o adensamento de cadeias produtivas agroindustriais vem sendo apontado por produtores rurais como a principal demanda em relação ao Poder Público na atual edição da Bahia Farm Show. Durante a cerimônia de abertura da feira na última terça-feira (06), o presidente Lula prometeu empenho do Governo Federal para a ampliação da rede básica de transmissão. 

Na última quarta-feira (07), a Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizou uma sessão itinerante no auditório do estande da Aiba na Bahia Farm Show. A audiência pública tratou da segurança no campo e da qualidade da distribuição de energia na região oeste. 

Durante a reunião, o presidente da Comissão, Manoel Rocha (União), chegou a falar sobre a possibilidade de se rever a concessão do serviço. O deputado Eduardo Salles (PP), que também preside a Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo destacou a importância do debate para destravar os gargalos para impulsionar o desenvolvimento econômico da região. “Vamos tentar soluções imediatas para garantir mais segurança no campo e energia elétrica, pois há anos escutamos os mesmos problemas”, destacou.

O produtor rural João Lopes, presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), disse que o fornecimento insuficiente de energia já está travando o desenvolvimento da região Oeste. “Existem muitos investimentos que estão parados. E eu não estou falando apenas de projetos agroindustriais, de verticalização da produção. Existe uma demanda por mais irrigação, porém a energia não é suficiente”, diz. 

Para Lopes, é preciso se revisar o modelo de concessão. “Antes da privatização, o governo estadual destinava os recursos no orçamento para os investimentos necessários. Agora,  produção cresce num ritmo acelerado  e este formato não dá conta de atender as demandas dos produtores”, afirma. 

* O jornalista Donaldson Gomes está em Luís Eduardo Magalhães a convite da Bahia Farm Show.

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