Em duas semanas, no dia 8 de abril, a Microsoft vai aposentar o Windows XP ao deixar de oferecer atualizações de segurança para o sistema operacional que viveu 13 anos. Isso não significaria nada se todos os usuários já tivessem migrado para versões mais recentes. No entanto, segundo a empresa de segurança Kaspersky, 10,8% dos computadores utilizados no Brasil nos útlimos 30 dias rodam com o software, isto é, cerca de 12 milhões de máquinas.
A penetração do sistema no mercado nacional, entretanto, é menor que a média global, que está na casa dos 20%. Na comparação com países vizinhos, só a Argentina utiliza mais o XP que o Brasil, com 14,3% dos usuários identificados no último mês. Colômbia e Perú têm índices de uso similares ao nosso.
Dmitry Bestuzhev, diretor da Kaspersky Lab, reforça o que já foi dito pela Microsoft: o fim do suporte ao Windows XP deixará os computadores que ainda dependem dele vulneráveis a ataques. “Os cibercriminosos poderão explorar sem obstáculos qualquer vulnerabilidade no Windows XP ou componentes, e o sistema operacional não terá nenhum patch oficial para detê-los”, afirmou em nota.
Desde o começo do ano, a Microsoft alerta os usuários sobre o risco de não atualizar o sistema operacional. “Existem riscos significativos para os consumidores e as empresas com ameaças virtuais e softwares maliciosos, que muitas vezes são ativados pelo programa ilegal”, comenta Andrés Rengifo, diretor da unidade de crimes digitais e propriedade intelectual da Microsoft.
Por | UOL
