Os eleitores venezuelanos vão às urnas para decidir o próximo presidente do país neste domingo (29/7). Edmundo González, candidato de oposição, surge como favorito para derrotar o atual presidente Nicolás Maduro, que está há 11 anos no poder.
De acordo com pesquisa da ORC Consultores divulgada no fim de maio, González lidera com 50,74% das intenções de voto, enquanto Maduro possui apenas 13,70%.
Ex-diplomata de 74 anos, González foi escolhido pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) após os candidatos iniciais, María Corina Machado e Corina Yoris, serem impedidos de concorrer.
Desde sua definição como candidato em abril, González viu seu apoio crescer rapidamente, saltando de 19,60% para mais de 50% em apenas um mês.
Carreira diplomática Formado em Relações Internacionais pela Universidade Central da Venezuela e mestre pela American University, nos Estados Unidos, González possui uma longa carreira diplomática.
Ele atuou como primeiro-secretário na embaixada da Venezuela nos EUA em 1978 e serviu como embaixador na Argélia entre 1991 e 1993. Também foi diretor geral de Política Internacional no Ministério das Relações Exteriores venezuelano de 1994 a 1999 e embaixador na Argentina até 2002.
No cenário político, González desempenhou papel crucial nos bastidores da Mesa da Unidade Democrática (MUD) como representante internacional de 2013 a 2015. Após o fim da MUD, assumiu a presidência da PUD, continuando sua luta contra o governo chavista.
A eleição de 2024 representa uma possível mudança significativa no cenário político venezuelano, com González sendo visto como a principal esperança de alternância de poder após mais de uma década de governo de Nicolás Maduro.
Hugo Chávez, antecessor de Maduro, ficou no poder de 1999 até 2013, com exceção de abril de 2003 quando sofreu uma tentativa de golpe. Já Maduro segue como presidente desde a morte de Chávez, devido a complicações de um câncer.
Convocação de eleitores No sábado (27/7), véspera do dia de eleição, González divulgou um vídeo em suas redes sociais convocando os eleitores para irem presencialmente aos locais de votação e acompanharem a contagem de votos.
Além disso, ele criticou a falta de fiscalização internacional no processo eleitoral. “Chegamos aqui superando muitas dificuldades. Temos superado todas. Agora mesmo, proibiram a entrada na Venezuela de pessoas importantes de diversos países que vinham acompanhar as eleições”.