A qualidade da alimentação das crianças e dos adolescentes é primordial não apenas para o desenvolvimento quanto para a garantia da saúde e do bem-estar.
Diante disso, os pais e responsáveis devem estar atentos a quais alimentos estão ao alcance dos pequenos, evitando que eles tenham contato com itens que podem repercutir negativamente no bem-estar.
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Produtos ricos em açúcares, gorduras, sódio e conservantes, como os industrializados, além de não ofertarem nutrientes essenciais nessa fase da vida colaboram com a obesidade e com distúrbios metabólicos, e ainda influenciam em questões comportamentais.
Certamente, os alimentos sólidos prejudiciais são fáceis de serem reconhecidos, a exemplo de balas, chocolates, biscoitos, embutidos e fast-foods em geral.
Entretanto, algumas bebidas, ainda que tidas como inofensivas, podem acarretar em prejuízos consideráveis aos baixinhos.
Alguns exemplos são:
Café; Energético; Chimarrão; Chá verde, branco e preto; Bebidas esportivas isotônicas; Refrigerantes. Todas contêm cafeína, substância estimulante e comum em vários itens no supermercado. A Sociedade Brasileira de Pediatria já alertou sobre os perigos de oferecer essas bebidas às crianças. Como elas são menores em tamanho corporal, é preciso menos cafeína para prejudicar o bem-estar e equilíbrio corporal.
Além dela, a Academia Americana de Pediatria (AAP) também orienta que esses tipos de bebidas não sejam consumidas por crianças de 12 anos.
Uma quantidade insignificante para um adulto pode ser “surpreendente” para uma criança pequena. Ainda que em baixas doses, a cafeína pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, contribuir para o aumento do refluxo do ácido estomacal e causar ansiedade e distúrbios do sono em crianças.
Os riscos de intoxicação pela substância são maiores, principalmente pelo fato delas não serem expostas à cafeína cotidianamente.
De acordo com as documentações científicas, fica evidente que a ingestão dessas bebidas por crianças e adolescentes não traz benefícios à saúde, muito pelo contrário, podem interferir no desenvolvimento neurocognitivo, influenciar o sistema cardiovascular, e causar risco de dependência e intoxicação.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica