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De olho em 2024, Guilherme Boulos e Tabata Amaral criticam Ricardo Nunes por atuação no apagão em SP

Atual prefeito foi chamado de ‘rei do camarote’ por cumprir agenda no GP Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, durante a ocorrência de falta de energia na cidade

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Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados e Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados

Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo

O episódio do apagão de energia elétrica na cidade de São Paulo, que se estende em certas localidades desde a última sexta-feira, 3, teve seus reflexos entre os pré-candidatos à Prefeitura nas eleições do ano que vem. Os principais adversários do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) falaram sobre o assunto. No plenário da Câmara dos Deputados, Guilherme Boulos (PSOL) chamou Nunes de “rei do camarote” por cumprir agenda no GP Brasil de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos, durante a ocorrência de falta de energia na cidade: “O prefeito de São Paulo, ao invés de tentar resolver o problema, se comportou como ‘rei do camarote’. Passou o final de semana, enquanto o povo estava sem luz, em camarote de fórmula 1. Quando resolveu falar, falou um absurdo e propôs uma taxa para penalizar a população, uma taxa para enterrar os fios da cidade. O prefeito que não cuidou da zeladoria, da poda de árvores necessária, que sequer cumpriu a meta de aterramento dos fios da Prefeitura, agora quer que a população pague duplamente, é inacreditável”. Boulos fez referência a uma proposta de Nunes para a instituição de uma cobrança voluntária que estaria sendo estudada para acelerar o processo de enterramento dos fios da rede elétrica. Após a repercussão, o prefeito voltou atrás e disse que a taxa não será cobrada.

A também pré-candidata deputada Tabata Amaral (PSB) também usou o plenário da Câmara para falar sobre o assunto: “As mudanças climáticas vieram para ficar, pelo menos por agora. Nós lutamos para que no Plano Diretor houvesse uma menção da Prefeitura sobre isso. Fomos ignorados. Na cidade que não dorme, o prefeito vem dormindo no ponto há quase quatro anos e nada está acontecendo”. Em nota enviada à repórter Beatriz Manfredini, da Jovem Pan News, Ricardo Nunes se posicionou sobre as críticas: “Eles usam até a dor das pessoas para fazer palanque. Eu fui todas as noites, inclusive essa, acompanhar os trabalhos. Fui no sábado na sede da Enel e cobrei ação e um compromisso de prazo. É nítido o comportamento deles eleitoral, sem respeitar sequer a dor das pessoas, fazendo palanque de uma situação crítica. Não vi nenhum deles aqui trabalhando, só discursando. Como deputado, não cobrou o Ministério de Minas e Energia e nem a Aneel, que são os responsáveis por fiscalizar e são órgãos federais”. O prefeito ainda destacou que compareceu ao evento da Fórmula 1 porque ele gera 20 mil empregos e movimenta R$ 1,5 bilhões em São Paulo.

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