A Defesa Civil de São Paulo conta com novas ferramentas tecnológicas para auxiliar no combate à incêndios durante o período de estiagem no Estado, que ocorre entre 1º de junho e 30 de setembro, de acordo com informação exclusiva obtida pelo site Jovem Pan. O órgão dispõe de dois mapas que são atualizados diariamente que conseguem, por meio de algoritmos e de monitoramento via satélites, detectar possíveis riscos de incêndio e focos de queimada. O dispositivo foi obtido por meio de um contrato firmado entre a Defesa Civil e a empresa de meteorologia Climatempo. Esta tecnologia funciona com base em modelos meteorológicos, o que possibilita identificar as chances de incêndio em determinado local. Isso é feito a partir de algoritmos que compilam dados sobre elementos como o nível de chuva dos últimos dias, cobertura vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento. A partir dos alertas emitidos, os municípios conseguem se preparar para eventuais combates, além de promover campanhas para a conscientização da população. “Com base nessa previsão, os agentes conseguem se preparar, fazendo campanhas com a população para não jogar bituca de cigarro, não colocar fogo em lixo em terrenos, porque qualquer foco pequeno pode se alastrar e sair do controle. Além de campanhas de saúde pública, para as pessoas manterem suas residências umidificadas, por exemplo”, diz o capitão Zaupa, diretor do Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil Estadual.
Além dos mapas, a Defesa Civil colocará em prática neste período de estiagem o Plano de Contingência para a época da seca, como já ocorre todos os anos. São 190 municípios que participam do plano, concentrados nas regiões norte e noroeste do estado, tradicionalmente mais secas. Por meio desse plano, os municípios recebem alertas da Defesa Civil com base nos diferentes níveis de umidade relativa do ar registrados. “A gente usa três níveis: atenção, alerta e emergência. Quanto mais baixa a umidade, maior a chance de se ter queimadas. Às vezes, um fogo inicialmente controlado pode se proliferar, então a gente pede que as pessoas evitem esse tipo de prática”, afirma o meteorologista da Defesa Civil do Estado, William Minhoto.