Os Estados Unidos reagiram à ordem de prisão contra Edmundo González, e afirmou que a ofensiva do regime de Nicolás Maduro contra o opositor pode ter “consequências” para o presidente e aliados. O posicionamento norte-americano foi divulgado pelo porta-voz do Departamento de Estado do país, Matthew Miller, nesta terça-feira (3/9).
Em entrevista coletiva, o porta-voz disse que Washington, junto de outros países da região como Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai “condenam esta ordem de detenção”.
Miller classificou a ação como “arbitrária e com motivação política”, que demonstra até onde “Nicolás Maduro está disposto a ir para tentar permanecer no poder depois da sua tentativa de roubar as eleições presidenciais de 28 de julho”.
“Em coordenação com nossos parceiros, estamos considerando uma série de opções para demonstrar a Maduro e aos seus representantes que as suas ações ilegítimas e repressivas na Venezuela têm consequências”, declarou o porta-voz do governo norte-americano.
O governo dos EUA já rejeitou a vitória de Maduro, e assim como parte da comunidade internacional apontou irregularidades no processo eleitoral da Venezuela. No início do mês, o governo norte-americano reconheceu Edmundo González como o verdadeiro vencedor das eleições.
A relação entre Caracas e Washington ganhou um novo ponto de tensão nessa segunda-feira (2/9), após o jatinho presidencial do líder chavista ser apreendido por autoridades norte-americanas na República Dominicana.
De acordo com a administração Biden, a aeronave avaliada em US$ 13 milhões foi comprada ilegalmente pelo governo chavista, e viola sanções impostas contra o regime Maduro.
Em um comunicado, o governo chavista chamou a ação de “prática criminal reincidente” e “pirataria”.