Foto: Reprodução/Facebook/Israel no Brasil
Yossi Shelley, então embaixador do Brasil, em encontro com Jair Bolsonaro em 2018 12 de outubro de 2023 | 15:29
Ex-embaixador de Israel no Brasil e atual diretor-geral do gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, Yossi Shelley foi criticado por ter sugerido em entrevista a uma TV local que os participantes da rave atacada pelo Hamas podem ter contribuído para o massacre.
“A festa deu uma contribuição não desprezível para o caos”, declarou ao Canal 12. “Não estou atribuindo culpa, mas às vezes há condições cumulativas. Essa é uma situação que ninguém planejou”, declarou, segundo o jornal The Times of Israel.
Cerca de 260 pessoas, a maioria jovens, foram mortas na festa, incluindo ao menos dois brasileiros.
Shelley foi embaixador durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), de quem ficou amigo, indo inclusive a jogos de futebol com ele. De volta a Israel, tornou-se um dos principais assessores de Netanyahu, de quem é aliado próximo há anos.
Após sofrer críticas pela declaração, Shelley buscou se justificar no dia seguinte. “Nunca, de nenhuma forma, eu quis dizer que as pessoas que foram à festa contribuíram para o resultado deste evento trágico”, disse em um comunicado divulgado pelo gabinete de Netanyahu.
Shelley acrescentou que um primo seu esteve entre as vítimas e que se referia à dificuldade para identificar um grande número de vítimas em uma vasta área.
“Se eu me expressei sem sensibilidade ou se fui compreendido de forma errada, ofereço minhas sinceras desculpas”, afirmou.
Fábio Zanini, Folhapress
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