São Paulo — A ex-panicat e modelo Ana Paula Leme, de 47 anos, foi condenada a por embriaguez ao volante, desacato e resistência após agredir um PM e ofender uma funcionária de uma loja de conveniência. O caso aconteceu em julho deste ano, em Campinas, no interior de São Paulo.
A sentença, assinada pela pela juíza Chaiane Maria Bublitz Korte, aplica um ano e três meses de detenção, em regime aberto, além da perda do direito de dirigir por dois meses. Ana Paula chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 1.412.
Na decisão, a magistrada entendeu que a embriaguez da ex-panicat pode ser constatada “pelos sinais comportamentais externos e observados pelo profissional competente”. Um laudo do IML apontou que Ana Paula apresentava “hálito etílico”, “atitude agressiva”, “concentração dispersiva” e “funções sensoriais alteradas”.
“Embora a defesa afirme que a ingestão de álcool ocorreu somente depois da chegada da ré [Ana Paula] ao local, a prova coligida demonstra que a ré já chegou ao local com a capacidade psicomotora alterada em razão da ingestão do álcool”, escreveu a juíza. Segundo ela, a “simples ingestão de cerveja, por curto período, dificilmente provocaria alteração tão perceptível e grave”.
Relembre o caso
Segundo a funcionária da loja, Raissa de Godoy Uschoa, a ex-panicat chegou ao local dirigindo um Jeep Renegade, estacionou e entrou no estabelecimento com sinais de embriaguez. Ela pegou uma cerveja long neck e, por supostamente estar alcoolizada, teria necessitado de ajuda para abrir a garrafa.
Raissa afirma que, na sequência, Ana Paula pegou um salgado, deu uma mordida e jogou o alimento no balcão, dizendo que estava muito ruim. As funcionárias deram à ex-panicat um novo salgado, que também foi arremessado no balcão.
No local, ela ainda teria feito uma série de ameaças à vítima, dizendo que iria “acabar com a sua vida”. “Ela continuou xingando, falando palavras bem obscenas. Estava bem desagradável para todo mundo. Lá dentro, ela me ameaçou, falou que, quando saísse de lá, ia acabar com a minha vida, ia cancelar meu CPF.”
A Polícia Militar foi acionada. Ana Paula, com uma fala desconexa, negou todas as acusações. Inicialmente, ela se negou a apresentar seu R.G. aos PMs. Após insistência, ela entregou o documento e sugeriu que um dos policiais “comesse” a atendente do posto de gasolina, a quem se referiu como “vaca gorda”.
Nesse momento, os PMs deram voz de prisão a ela, o que aumentou seu descontrole. Ana Paula passou a dar chutes em um dos policiais, atingindo o braço, o joelho e a genitália do militar (assista abaixo).