Com o grito de guerra ‘Uh, é o Kannário’, uma multidão lotou a arena do palco principal do Festival da Virada Salvador 2023, na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio, para acompanhar de perto o show de Igor Kannario, que subiu ao palco próximo das 19 horas.
Antes mesmo da entrada do ídolo, os fãs clubes do Príncipe do Gueto já estavam em polvorosa, clamando pela presença do artista. Para brindar a presença do público, uma chuva de papel picado vermelho anunciou a chegada do artista. O show foi aberto com a canção Várias Queixas, do Olodum, e a participação do grupo Filhos da Bahia, formada por Migga, João, Raysson e Zaia, que são filhos, respectivamente, de Carlinhos Brown, Saulo Fernandes, Tonho Matéria e Reinaldinho.
Na primeira noite do Festival da Virada, Kannário fez questão de apresentar o novo álbum de trabalho Grandão na Cena – Kannario 2.0, com as canções Grandão na Cena, Pentada do Vagabundo e Solinho Gostoso. “Essa aqui é a maior pipoca do Carnaval e, hoje, a gente vai ensaiar para fazer a maior quebradeira em 2023”, prometeu o ídolo.
Ele aproveitou para agradecer a oportunidade de se apresentar num festival com o porte da Virada Salvador 2023 e se declarou aos fãs clubes presentes, fazendo questão de citá-los durante a apresentação. Antes de apresentar os maiores sucessos, Kannario apresentou a banda Filhos da Bahia e cantou com eles o hit ‘Eu também Quero Beijar’, de Pepeu Gomes.
Com a presença de dançarinos, que acrescentaram doses generosas de malícia à apresentação, Kannário fez questão de fazer um meddley das tendências do momento com o Desenrola, bate e joga de ladinho (dos Havaianos), Acorda Pedrinho (da Jovem Dionísio) e alguns sucessos do Polêmico.
Sem desgrudar os olhos do palco, a comerciária Flávia Gomes, 24, comemorou a grade da noite de abertura. “Hoje, eu só saio amanhã”, garantiu divertida. Quem também fez questão de quebrar tudo foi a estudante Layla Costa, 19, que estava acompanhada da mãe e de uma amiga. “A gente ficou engasgada por quase dois anos, então, chegou a hora de liberar essa energia”, afirmou.
Um tanto resistente às escolhas musicais da filha, a empresária Márcia Costa disse que a espera maior da noite eram os shows de Bell Marques e Ivete Sangalo. “Lá em casa, todo mundo ama Carnaval e foram dois anos sem poder aproveitar a festa, então, essa é a oportunidade de matar as saudades e lubrificar as ‘juntas’ para fevereiro”, gracejou.
O mecânico Edson Santos, 52, aproveitou o fato da companheira também gostar do Príncipe do Gueto para curtir a noite de abertura do Festival. “Não sei se conseguiremos vir amanhã, mas hoje, a festa é nossa”, afirmou.
Residente no interior da Bahia, a professora Rosa Bonfim, 42, disse que estava de férias e disposta a aproveitar tudo que o verão soteropolitano pudesse proporcionar. Por isso mesmo, a expectativa era reunir o grupo de familiares e amigos, que estão hospedados no Stiep, para curtir os cinco dias do Festival da Virada.
“Chegamos cedo e conseguimos pegar a apresentação do Ilê Aiyê, que é sempre linda e emocionante. Ainda não consegui ver tudo, mas acho que até o dia 01 de janeiro, consigo desfrutar de todas as atrações”, garantiu, revelando que dividiria o tempo de permanência entre o palco principal e o novo palco Brisas. “É uma oportunidade de conhecer as novidades do universo artístico”, concluiu.