Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram a estimativa de inflação para 2024. É o que mostra a segunda edição deste ano do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (8/1).
De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 3,9%, a mesma projeção da semana passada.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O mercado espera, portanto, que a inflação fique dentro da meta neste ano.
Em relação ao ano que vem, os economistas consultados pelo BC mantiveram a projeção em 3,5%. Para 2026, o índice esperado também foi mantido em 3,5%.
Já em relação ao resultado do ano passado, os analistas consultados pelo BC projetam que a inflação tenha terminado 2023 em 4,47%, uma ligeira elevação em relação aos 4,46% estimados na semana anterior.
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images
PIB Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,59%, ante 1,52% projetado na semana passada.
Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia se manteve em 2%.
Em relação a 2023, o PIB do Brasil deve ter registrado um crescimento de 2,92%, mesma estimativa da última semana.
No terceiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro desacelerou, mas veio acima das projeções dos analistas e registrou leve alta de 0,1%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Especialistas e o próprio governo trabalham com um crescimento de cerca de 3% do PIB em 2023.
Selic Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2024 em 9% ao ano. Para 2025 e 2026, a projeção segue em 8,5% ao ano.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2023, a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, fechando o ano passado em 11,75% ao ano. Foi o quarto corte da taxa básica de juros desde agosto. A próxima reunião do colegiado, a primeira de 2024, está marcada os dias 30 e 31 de janeiro.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Dólar Os analistas consultados pelo BC mantiveram a projeção para o dólar em 2024 em R$ 5. Para 2025, a estimativa caiu de R$ 5,03 para R$ 5. Para 2026, segue em R$ 5,10.
Relatório Focus O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. O boletim é divulgado, normalmente, às segundas-feiras.
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