Movimento abrange tanto o quadro técnico-administrativo como docentes da rede federal em pelo menos 23 Estados; começou na 4ª feira
Grevistas reivindicam uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria; na imagem, manifestação de funcionários José Cruz/Agência Brasil
PODER360 5.abr.2024 (sexta-feira) – 16h57
O Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) informou que funcionários federais de 360 unidades de ensino aderiram à greve deflagrada na 4ª feira (3.abr.2024).
O movimento paredista abrange tanto o quadro técnico-administrativo como docentes da rede federal em pelo menos 23 Estados. Inicialmente, a expectativa do sindicato era adesão de 230 unidades de ensino. Há, entre as entidades que aderiram, instituições de ensino ligadas ao Ministério da Defesa. A lista completa foi divulgada no site do Sinasefe.
Reivindicações Além de uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os funcionários pedem também:
reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos [Michel] Temer [MDB] e [Jair] Bolsonaro [PL]“; recomposição do Orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes. Aprovada durante rodadas de assembleias realizadas desde 18 de março, em 29 seções sindicais, a greve será nacional e por tempo indeterminado, conforme informa, em 28 de março, documento protocolado junto aos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Defesa e da Educação, e ao Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica).
Governo Contatado pela Agência Brasil, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, viabilizou, a partir de negociação com as entidades representativas dos servidores federais, reajuste linear de 9% para todos os servidores, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação.
“Esse foi o 1º acordo para reajustes fechado entre o governo e servidores em 8 anos”, afirmou o órgão e acrescentou que, no 2º semestre de 2023, iniciou debate sobre reajuste para o ano de 2024.
Ainda de acordo com o ministério, como parte desse processo foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.
“A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal, para recuperar a capacidade de atuação do governo para a execução de políticas públicas, é pauta prioritária do Ministério da Gestão, que vem atuando dentro do possível e dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal”, informou.
No caso específico da carreira de técnicos-administrativos educacionais, os ministérios da Gestão e da Educação criaram grupo de trabalho para tratar da reestruturação do plano para cargos técnico-administrativos em educação.
Em 27 de março, o relatório final do grupo foi entregue à ministra de gestão do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para servir de “insumo” para a proposta de reestruturação de carreira que será apresentada na mesa de negociação.
Com informações da Agência Brasil.