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Gueye terá de se explicar sobre recusa em usar camisa com cores LGBTQIA+

O Conselho Nacional de Ética (CNE) da Federação Francesa de Futebol (FFF) pediu ao jogador do Paris Saint-Germain Idrissa Gana Gueye que dê explicações sobre supostamente ter se negado a usar uma camisa com as cores da bandeira LGBTQIA+, apurou nesta quarta-feira a AFP.
O meia senegalês deverá esclarecer se são “infundadas” ou não as acusações que recebeu nos últimos duas sobre ter se negado a participar da ação simbólica do futebol francês contra a homofobia.
O canal RMC informou no domingo que Gueye não jogou com o PSG contra o Montpellier no sábado para não ter que vestir a camisa com elementos nas cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+.
A iniciativa fazia parte de uma campanha conjunta das 20 equipes da Primeira Divisão para a 37ª rodada do Campeonato Francês, para a celebração do Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, em 17 de março.
Gueye não jogou contra o Montpellier e não estava lesionado, como informou o treinador do PSG, Mauricio Pochettino.
“Esta ausência (…) foi amplamente interpretada como uma negativa a participar nesta operação de sensibilização e de luta contra as discriminações”, escreveu o CNE, que não tem poder disciplinar.
“Ou essas suposições são infundadas e o convidamos sem demora a se expressar para acabar com esses rumores, ou esses rumores estão certos. Neste caso, pedimos ao jogador que seja consciente do alcance de seu gesto e do gravíssimo erro cometido”, escreveu Patrick Anton, presidente do CNE.

O CNE sugeriu a Gueye que sua resposta venha “acompanhada” de “uma foto usando a camisa em questão”.
“Recusar-se a participar desta operação coletiva valida os comportamentos discriminatórios, nega o outro, e não somente vai contra a comunidade LGBTQI “, acrescenta o texto do CNE.
No ano passado, na rodada dedicada à luta contra a homofobia, Gueye não entrou em campo alegando que estava com gastroenterite.
O presidente do Senegal, Macky Sall, se solidarizou ontem no Twitter com o jogador e pediu respeito às “crenças religiosas”.
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