O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getúlio Vargas, recuou 6,4 pontos em abril, alcançando 114,9 pontos, o menor nível desde janeiro de 2020. Com o resultado, o indicador de incerteza retornou ao patamar anterior à pandemia pela primeira vez desde o início da crise sanitária, segundo análise do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
A economista do Instituto Anna Carolina Gouveia destacou que este patamar reflete em grande medida a sensação de que a pandemia está sob controle. A queda na margem, ainda segundo a economista, também foi influenciada por uma visão menos pessimista em relação ao impacto potencial de curto prazo no Brasil do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Para os próximos meses, a tendência no indicador de incerteza da economia vai depender de como se dará os desdobramentos das tensões geopolíticas, entre outros fatores como destaca Anna Carolina Gouveia.
Segundo o levantamento, os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos em abril. O componente de mídia caiu para 113,6 pontos, menor nível desde fevereiro de 2020, uma contribuição negativa de 7,2 pontos para o índice agregado. Já o componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu para 114 pontos.
O indicador da FGV mede mensalmente a incerteza da economia brasileira a partir de informações coletadas dos principais jornais do país e das expectativas do mercado financeiro.
Economia Rio de Janeiro 29/04/2022 – 13:37 Ana Lúcia Caldas / Guilherme Strozi Ligia Souto – Repórter da Rádio Nacional economia Confiança consumidor FGV sexta-feira, 29 Abril, 2022 – 13:37 125:00