InícioNotíciasPolítica“Infiel”, dispara PSDB sobre senador que migrou para PL de Bolsonaro

“Infiel”, dispara PSDB sobre senador que migrou para PL de Bolsonaro

A Direção Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) considerou uma “ação infiel” a migração do senador Izalci Lucas (DF) para o Partido Liberal (PL), de Jair Bolsonaro.

A legenda tucana informou que Izalci “deixou o PSDB após ter sido eleito em 2018 com recursos do Fundo Eleitoral do PSDB e disputar o cargo de governador do Distrito Federal em 2022, também financiado com os recursos” da sigla.

Izalci trocou o partido anterior pelo PL em março de 2024. Seis meses depois, a legenda tucana voltou a tocar no assunto, nessa quinta-feira (22/8), devido à crise no Diretório Regional do PSDB no Distrito Federal.

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Festa de filiação do senador Izalci Lucas ao PL

Igo Estrela/Metrópoles (@igoestrela)

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Festa de filiação do senador Izalci Lucas ao PL

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Festa de filiação do senador Izalci Lucas ao PL

Igo Estrela/Metrópoles (@igoestrela)

O partido é comandando na capital federal por Sérgio Izalci, eleito para o cargo em outubro de 2023. Ele é filho do senador e, na semana passada, foi alvo de uma representação de cinco filiados que pedem a intervenção e a destituição da atual diretoria do PSDB-DF. A alegação é de que a maioria dos integrantes são parentes de Izalci, funcionários dele ou historicamente ligados ao parlamentar.

Sérgio afirmou, nessa quinta-feira (22/8), que repudia “toda atitude antidemocrática e autoritária que possa desrespeitar as eleições que elegeram a Executiva Regional, o diretório e as 16 zonais pelo DF”.

Depois, a Direção Nacional do partido divulgou nota na qual diz que Sérgio, “ao exercer o direito constitucional e democrático do contraditório e ampla defesa, passou a proferir acusações de atos antidemocráticos e autoritários”.

“Diferentemente da ação infiel do senador Izalci, que deixou o PSDB após ter sido eleito em 2018 com recursos do Fundo Eleitoral do PSDB e disputar o cargo de governador do Distrito Federal em 2022, também financiado com os recursos do PSDB, o partido se mantém leal à democracia”, informou a sigla.

A legenda acrescentou que “o PSDB é um partido que respeita a democracia e não aceita práticas de ingerência de ex-filiados em órgãos partidários com objetivo de manter o controle a distância por intermédio de funcionários, parentes ou amigos”.

Pedido de intervenção Na representação do dia 18 de agosto, os cinco filiados alegam que o PSDB continua sendo “comandado” pelo senador Izalci.

Segundo o documento, 86% da Comissão Executiva Regional possui “estreita ligação” com Izalci. Filho do senador, o presidente do PSDB-DF, Sérgio Izalci, foi eleito para o cargo em outubro de 2023 (foto em destaque).

“Dos seus 14 membros, incluindo o senador, cinco são funcionários em gabinete e escritório de apoio do senador; três são seus parentes, ou seja, o filho, a nora e a cunhada; três com notória vinculação política ao senador, trabalham em gabinetes de parlamentares do MDB – além da nora do senador, já mencionada”, afirmaram.

Sérgio apresentou defesa contra o pedido de intervenção, nessa quarta-feira (21/8). O presidente do PSDB-DF disse que o Diretório Regional foi “eleito democraticamente pela maioria dos votos dos filiados”, e destacou que as próximas eleições para definição dos diretos do partido ocorrerão em 2025.

“O fato de existirem parentes e dois servidores do senador Izalci que se submeteram ao processo democrático de votação interno no PSDB-DF não desautoriza e nem desqualifica a condição dos membros do Diretório ou da Executiva, pois todos foram eleitos pelo voto”, enfatizou.

Veja a declaração do presidente do PSBD-DF:

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