O Parlamento da Itália aprovou nesta quarta-feira (16) um projeto de lei que proíbe casais de terem filhos por meio de barrigas de aluguel no exterior, uma decisão que gerou polêmica em todo o país. A medida, que já havia recebido o aval da Câmara dos Deputados no ano passado, foi agora confirmada pelo Senado. A proposta foi liderada pelo partido Fratelli d’Italia, da primeira-ministra Giorgia Meloni, e pretende impedir que italianos, especialmente casais homoafetivos, busquem países onde a prática é permitida para depois retornarem à Itália com seus filhos. Giorgia Meloni, em defesa da nova legislação, argumenta que a prática de barrigas de aluguel não segue o curso natural das coisas. Em consonância com sua agenda conservadora, a primeira-ministra busca incentivar o nascimento de bebês de forma convencional.
As declarações de Meloni e a aprovação da lei provocaram grande controvérsia, com grupos ativistas dos direitos LGBT organizando protestos em frente ao Senado. Eles sustentam que a Itália está retrocedendo, especialmente em um momento crítico em que o país enfrenta uma crise demográfica e um declínio populacional, problemas que afetam toda a Europa. Apesar das críticas, Meloni tem se mantido firme em suas pautas conservadoras, e sua popularidade tem crescido, conforme indicam pesquisas recentes. No entanto, suas medidas e declarações têm gerado reações adversas em outros países europeus, que frequentemente adotam diretrizes diferentes, como é o caso da Alemanha e da França.
Publicado por Luisa Cardoso