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Justiça nega pedido de prisão para suspeito de atirar em homem no Rio Vermelho

O Tribunal de Justiça da Bahia negou o pedido de prisão preventiva do homem acusado de atirar em Paulo Roberto Dias Cruz, baleado no Rio Vermelho no dia 4 de maio.

O inquérito havia sido concluído pela Polícia Civil no dia 17, o suspeito foi indiciado e foi pedido o mandado de prisão. Mas, segundo a Polícia Civil, o poder judiciário entendeu que não estavam presentes os pressupostos para a prisão preventiva e não deferiu o pedido.

O TJ-BA ainda não enviou ao CORREIO um pronunciamento sobre a informação.

Paulo Roberto Dias Cruz foi atingido na cabeça com um disparo de arma de fogo, em um bar no Largo de Santana. Ele passou por cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE) e estava em estado de saúde grave. Não há atualizações recentes sobre o quadro.

A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz a pedido do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Relembre o caso

Um vídeo com imagens de uma câmera de segurança divulgado pela TV Bahia mostrou o momento em que o homem foi baleado no Rio Vermelho e o atirador correu em seguida.

A vítima, que trabalha como segurança na região mas estava de folga, foi baleada três vezes depois que outro homem, com quem bebia, tomou seu revólver e o atacou.

De acordo com testemunhas, os tiros foram efetuados por volta das 06h30. Tudo aconteceu após um desentendimento entre três homens que bebiam juntos na praça ao lado do Acarajé da Dinha, que, apesar do horário, estava cheia de gente. 

“Num determinado momento, a briga que estava lá fora veio para a região dos bares, que estava vazia. Um deles, que é segurança e por isso estava armado, puxou o revólver, mas não atirou. Só ameaçou. Aí outro tomou a arma e começou a disparar”, conta uma pessoa que passava no momento do ocorrido. “Foi uma correria danada”, completa.

Os dois primeiros disparos foram efetuados já dentro da área de um bar, onde normalmente é ocupado por cadeiras. “O homem ferido correu para as mesas do outro bar e acabou caindo. Aí o cara armado se aproximou e deu um outro tiro na direção do rosto”, relata outra testemunha. 

Na fuga, o autor dos disparos tentou tomar um carro, mas acabou rendendo um motoqueiro. “Ele foi para o meio da pista e começou a apontar para os motoristas, só que na hora passava um homem numa moto, que foi obrigado a descer. O cara montou na moto e sumiu, largando o revólver no chão”, acrescenta. 

O funcionário de um bar, que funciona 24 horas no local, disse que viveu momentos de terror. “Estava limpando as mesas quando escutei os pipocos bem perto de mim. Corri na hora. Esses caras estavam bebendo na praça já há um tempo e começaram a confusão entre eles lá. Nunca os vi por aqui”. 

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