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Lula recebe 11 chefes de Estado no 1º dia de trabalho. Veja pautas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedicou o primeiro dia de trabalho no cargo, nesta segunda-feira (2/1), para encontros bilaterais com chefes de Estado. O mandatário brasileiro recebeu 11 delegações estrangeiras no Palácio do Itamaraty.

Apesar de reproduzirem falas protocolares, as conversas com chefes de Estado convergiram sobre temas como estreitamento das relações diplomáticas entre os países, o retorno do Brasil à cena internacional — a partir da presença em fóruns regionais e cúpulas multilaterais — e a priorização da agenda climática.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, defendeu que enxerga o presidente Lula como um “líder regional”, e celebrou o retorno do petista ao governo como um sinal de que o país também retornará aos fóruns regionais e dará impulso à América Latina.

Aliado do petista, o argentino afirmou que os últimos quatro anos sob o governo de Jair Bolsonaro (PL) representaram um momento difícil para as relações entre os dois países, mas que isso está superado.

“Argentina e Brasil são dois países indissoluvelmente unidos, e nenhum momento político pode perturbar isso”, disse Fernández à imprensa, após a reunião. Ele também confirmou a visita oficial do mandatário brasileiro a Buenos Aires, no próximo dia 23 de janeiro.

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Lula em reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce Alberto Catacora, no palácio do ItamaratyIgo Estrela/Metrópoles

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Lula e Gabriel Boric, presidente do ChileIgo Estrela/Metrópoles

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Lula em conversa com Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de PortugalIgo Estrela/Metrópoles

Lula encontra delegação da China

Vice-presidente da China, Wang QishanIgo Estrela/Metrópoles

Pela manhã, o presidente brasileiro abriu a agenda com o rei da Espanha, Felipe VI. Em seguida, ele se reuniu com os presidentes da Bolívia, Luis Arce; de Guiné Bissau,,, Umaro Sissoco Embaló; e do Equador, Guillermo Lasso; além de Fernández.

Durante a tarde, Lula teve encontros bilaterais com o vice-presidente da China, Wang Qisha; o presidente da Colômbia, Gustavo Petro; e o presidente do Chile, Gabriel Boric. Mais tarde, ele conversou com Marcelo Rebelo de Sousa, de Portugal, a presidente de Honduras, Xiomara Castro, e representantes do governo de Gabão.

Questão da VenezuelaO presidente do Chile, Gabriel Boric, destacou temas como o fortalecimento da democracia, o combate a fake news e a defesa da ciência como prioridades em comum entre os dois países. O líder chinelo defendeu, durante a conversa com Lula, a reinserção da Venezuela no cenário multilateral.

“Para encontrar soluções, é importante se reincorporar aos circuitos multilaterais. Os problemas não se resolvem isolando os países, e sim reincorporando-os e fortalecendo a democracia”, defendeu.

Segundo Boric, ele e Lula debateram como podem colaborar para que, em 2024, a Venezuela tenha um processo eleitoral “plenamente legítimo”. “O atual governo [venezuelano] terá que entrar em um acordo com todos os setores da sociedade”, concluiu.

O líder chileno também adiantou que as duas nações trabalham para a elaboração de um mecanismo comum de fortalecimento socioeconômico, bem como uma política de proteção ambiental — para frear o desmatamento na Amazônia e o derretimento das geleiras chilenas.

Amazônia e tráfico de drogasO colombiano Gustavo Petro afirmou que ele e Lula fizeram um “pacto para salvar a Floresta Amazônica”. Segundo o chefe de Estado, a reunião colocou em pauta temas como energia verde, preservação ambiental e política de combate ao tráfico de drogas nas fronteiras.

“Um grande pacto para salvar a selva amazônica em favor da humanidade. Rumo a uma mudança na política de drogas; um Brasil garantidor da paz na Colômbia e o estudo da interligação elétrica das Américas com fontes de energia limpa”.

Assim como Petro, o presidente da Bolívia, Luis Arce, adiantou que ele e Lula chegaram a um acordo para “aprofundar uma ampla agenda de trabalho em benefício das populações”, com foco em temas como questões de cooperação energética, fronteiriça e combate a ilícitos transnacionais.

“Hoje em Brasília nos encontramos com o novo presidente do Brasil, irmão Lula, com quem decidimos aprofundar uma ampla agenda de trabalho em benefício de nossos povos, que inclui questões de fronteira, gás, energia elétrica, ureia, investimento e comércio”.

O Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia, e consiste no primeiro destino das exportações bolivianas. Segundo o Itamaraty, as relações com o país são consideradas “prioritárias” para o governo brasileiro.

Guilhermo Lasso, do Equador, também destacou que o primeiro encontro com Lula girou em torno das mesmas temáticas que pautaram os encontros sul-americanos: segurança nacional, combate ao crime nas fronteiras e proteção da floresta.

“Da mesma forma, destacamos a importância de proteger a Amazônia, pulmão do planeta e importante eixo de nosso plano de governo. Concordamos com o interesse em restaurar áreas afetadas por atividades de mineração”, completou.

Prestígio internacionalLogo no início da tarde, Lula recebeu do vice-presidente da China, Wang Qishan, uma carta do presidente Xi Jinping. Segundo o presidente, a mensagem expressa “cumprimentos” e vontade de ampliar a cooperação dos países do chefe de Estado chinês.

“A China é nosso maior parceiro comercial e podemos ampliar ainda mais as relações entre nossos países”, escreveu Lula.

Marcelo Rabelo de Sousa, presidente de Portugal, defendeu que o novo governo representa a volta de um “Brasil multilateral” e o retorno do país para a “cena internacional e para as organizações”. Ele emendou que ter um governo brasileiro atuante na comunidade internacional “faz muita falta”.

Visitas oficiaisAlém da viagem a Buenos Aires, na segunda quinzena de janeiro, para participar da cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lula tem visitas oficiais marcadas para os Estados Unidos e para a China nos três primeiros meses de governo.

Com a presença de embaixadores e presidentes, aproximadamente 120 países estavam representados na solenidade. Ao todo, 65 delegações estiveram no evento — número quase três vezes maior que o registrado na última posse presidencial, de Jair Bolsonaro (PL).

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