O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, alimentava a crença de que um golpe de Estado, com apoio das Forças Armadas, ainda seria possível após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, em 2023.
A informação foi revelada no relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito relacionado ao golpe, cujo sigilo foi levantado na terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O documento da PF destaca que a expectativa de um golpe de Estado, apoiado pelos militares, perdurou durante a vigência do novo governo, especialmente após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Segundo o relatório, Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, enviou ao militar imagens do momento em que os golpistas atacaram as instituições. Em resposta, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou que, caso o Exército brasileiro saísse dos quartéis, seria para aderir ao golpe de Estado.