O Metrô de São Paulo demitiu cinco funcionários por conta da realização de uma paralisação surpresa no dia 12 de outubro. No total, nove operadores de trem da companhia sofreram punições por “faltas graves”. Um dos colaboradores da companhia foi suspenso por 29 dias. Outros três, que contam com estabilidade sindical, foram suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que irá apurar a ocorrência de falta grave e decidir pela consequente demissão. Segundo o governo de São Paulo, a medida foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais. A companhia alega que a paralisação “atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários”. Os empregados punidos alegam que a paralisação ocorreu por conta de três advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde. “É importante destacar que tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários”, diz o governo de SP. A paralisação afetou as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Por volta das 10h, os trens começaram a circular em velocidade reduzida e com maior intervalo entre as estações. A Companhia registrou mais de 30 evacuações de trem e 49 estações fechadas durante a paralisação de cerca de três horas. O Metrô ainda ressalta que as punições determinadas nesta terça-feira não estão relacionadas à greve dos metroviários no dia 3 de outubro. A reportagem procurou o Sindicato dos Metroviários, que ainda não se manifestou sobre o assunto. O espaço será atualizado assim que houver um pronunciamento.