O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira, 3, por meio de nota, que colabora com as investigações da Polícia Federal (PF) no inquérito que apura se houve falsificação do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, de assessores pessoais e de sua filha Laura, menor de idade. “O Ministério da Saúde informa que colabora com as investigações da Polícia Federal na forma da lei e segue à disposição das autoridades”, diz a pasta. “Todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e o Ministério da Saúde mantém rotina para a segurança do sistema de registros de dados que passam por auditoria regularmente”, esclarece. Nesta manhã, a PF prendeu seis pessoas, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças pessoais do ex-presidente. A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, um deles na casa de Bolsonaro, em Brasília. Segundo a investigação, dados falsos foram inseridos no cartão de vacina contra a Covid-19 do ex-presidente, de seus assessores e da filha, às vésperas de viajarem para os Estados Unidos.
Sobre a inserção de dados falsos de vacinação no sistema de saúde, o Ministério da Saúde garante que mantém conduta alinhada à Controladoria Geral da União (CGU) e em consonância com a Lei de Acesso à Informação (LAI). Em março deste ano, a CGU decidiu pela retirada do sigilo do cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro, permitindo o acesso aos dados sobre data, local, laboratório de fabricação e nome do imunizante aplicado.