O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta terça-feira (18/6) que o governo Lula (PT) não abandonou o leilão do arroz. “Vamos construir”, disse Fávaro, em resposta à pergunta de jornalistas sobre o leilão após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em 11 de junho, após reunião no Palácio do Planalto, o presidente da República decidiu anular o primeiro leilão, no qual houve lance para 263,3 mil toneladas de arroz, 87,79% do total de 300 mil toneladas previstas no edital. A decisão foi tomada após suspeitas de irregularidades.
Segundo o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, empresas arrematadoras do leilão apresentaram “fragilidades” para realizar a importação do alimento.
Na reunião, Lula pediu que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) auxiliem a Conab na elaboração do novo edital.
No último dia 12, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que em até 10 dias o governo teria um edital novo para um novo leilão de importação de arroz.
O colunista do Metrópoles Igor Gadelha apurou que, assim como o primeiro, esse leilão irá prever a importação de 300 mil toneladas.
A compra de remessas do alimento visa conter eventual alta de preços após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.
O pré-leilão foi marcado por uma batalha judicial para impedir a compra do produto importado, motivada pela resistência de setores produtivos gaúchos e por parlamentares da oposição. Mas, ao fim, a aquisição foi autorizada pela Justiça Federal.
Plano Safra Fávaro e Haddad discutiram nesta terça o Plano Safra 2024/2025. Segundo os ministros, o volume será recorde.
O anúncio do Plano Safra Agricultura Familiar será na próxima terça-feira (25/6), no Palácio do Planalto, enquanto o da Agricultura Empresarial será lançado na quarta (26/6), em Rondonópolis (MT).