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MST quer mais contato direto com Lula em 2024

João Rodrigues, coordenador do MST, diz que relação com movimentos populares no 1º ano de Lula 3 está “aquém” do esperado

Bandeira do MST em terra ocupada no Pará em 2023 MST-PA – 20.nov.2023

PODER360 4.jan.2024 (quinta-feira) – 6h30

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) diz estar insatisfeito com a falta de reuniões presenciais e encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 1º ano de sua gestão. A expectativa, segundo o movimento, é que haja maior aproximação entre ambos em 2024.

Apesar de ter se reunido pessoalmente com Lula em 2023, o coordenador do MST, João Paulo Rodrigues, disse ao Poder360 que a constatação é em relação a reuniões mais amplas, que envolvam a coordenação nacional dos movimentos populares.

A expectativa de maior contato, segundo Rodrigues, é compartilhada também por outras organizações, como a Central de Movimentos Populares, o MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), entre outros. Ele diz que a “conquista” dos movimentos populares e sua relação com o presidente estão “aquém” do esperado.

Ao mesmo tempo, Rodrigues diz que os ministros do 1º escalão de Lula são “muito solícitos ao MST”, mas não especificou a quais se referia. O coordenador do Movimento, contudo, acredita que Lula não deve “terceirizar” para os ministros essa relação e que o governo “tem que mudar” a abordagem em 2024.

“Nós não temos o que reclamar dos ministros. O nosso problema é uma reunião de comando político, quando junta mais de 1 ministro, com o presidente Lula, para tratar dos assuntos do país e da reforma agrária“, afirmou.

ELEIÇÕES  2024 A possível aproximação de Lula, segundo Rodrigues, também impactará no resultado das eleições municipais de 2024. Ele vê esse contato como “essencial”, uma vez que as organizações populares têm presença forte e organizada nos municípios.

“Isso quem comanda é o partido, não é necessariamente o governo. Mas eu imagino que o PT e o governo devem fazer a conta”, declarou.

O Partido dos Trabalhadores, apesar de ter conquistado a Presidência da República e ter uma das maiores bancadas no Congresso, vem perdendo espaço nas cidades a cada eleição. Em novembro, de olho no pleito, Lula já disse que quer viajar mais pelo Brasil e “visitar obras”.

BALANÇOS DO MST  Em vídeo divulgado no domingo (31.dez.2023) com um balanço do último ano, a Coordenadora Nacional do movimento, Ceres Hadich, chamou a gestão do petista de nosso governo” e exaltou a retomada de “sinalizações” de algumas políticas públicas caras ao MST, como o Plano Safra e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos).

“Elas [as políticas públicas] são fundamentais para a gente entender que o Brasil está voltando para os eixos. Mas mais que isso, para a gente entender que o nosso país segue em permanentes disputas que vão precisar ser determinadas pela luta social”, afirmou.

A declaração destoou da fala de João Pedro Stedile, líder do MST, que dias antes havia dito que 2023 foi o “pior ano” para famílias assentadas. No entanto, em tom de conciliação, ele disse “compreender” a demora do governo Lula com a reforma agrária.

“Em termos de famílias assentadas é o pior ano de todos os 40 do MST. Mas nós compreendemos. Faz parte da luta. Dizemos, inclusive, que o avanço da reforma agrária popular não se mede mais por hectares, mas por ideias, conquistas políticas e sociais”,  disse.

A declaração de Stedile foi rebatida pelo governo. “Nós retomamos a reforma agrária que estava paralisada desde 2015. Assentamos 7.200 famílias e regularizamos outras 40.000 em 2023. Este é o maior número desde a paralisação. Inexistiam recursos no orçamento deixado para este ano e ele ainda é modesto em 2024. Aí reside a crítica do Stédile”, disse Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, em entrevista ao jornal O Globo.

Teixeira declarou que dentre as estratégias que devem ser adotadas neste ano está a destinação de terras que atualmente compõem o estoque do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e áreas públicas destinadas para a reforma agrária.

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