Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o parlamentar criticou o andamento e o enfoque das investigações
Reprodução/Jovem Pan News
Senador Izalci Lucas (PSDB) criticou o andamento da CPMI do 8 de Janeiro em entrevista ao Jornal da Manhã
A CPMI do 8 de Janeiro recebe, nesta terça-feira, 26, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Bolsonaro, que deve ser questionado sobre a hipótese de uma conspiração antidemocrática que teria culminado na invasão dos Três Poderes. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o senador Izalci Lucas (PSDB) criticou o andamento e o enfoque das investigações: “Não há golpe sem Exército, Marinha, Aeronáutica e Polícia Militar. Aquele pessoal que estava no dia 8 jamais poderia ser caracterizado como golpe. Tanto que cinco minutos depois que polícia chegou foi desfeito tudo aquilo (…) Nessa CPMI, em especial, eu nunca vi acontecer o que está acontecendo. Não há sequência nas investigações, não querem apurar a verdade, querem apenas consolidar uma narrativa que já está escrita e todo mundo já sabe o que a relatora vai colocar”.
O depoimento de Heleno ocorre em meio a suspeitas levantadas pela oposição ao governo com relação à relatora Eliziane Gama (Cidadania), acusada de uma suposta combinação de perguntas e respostas com o general Gonçalves Dias. Segundo o senador Izalci, a senadora deveria se retirar da comissão: “Desde o início nós percebemos a parcialidade da relatora. A relatora recebeu uma missão, já tem toda a narrativa pronta e precisa agora fundamentar essa narrativa (…) O presidente disse que não tinha instrumento para afastá-la. Mas eu acho que pela questão da impessoalidade e da moral ela devia pedir para sair”. O parlamentar lamenta que o colegiado tenha sido tomado pela ala governista: “É muito ruim quando você tem um instrumento como uma CPMI, que é um instrumento da minoria, sendo sequestrado por uma maioria”. Confira abaixo a entrevista completa.