Tido como uma das principais joias das divisões de base do Bahia, o garoto Roger Gabriel, de 17 anos, chamou a atenção da torcida do Bahia ao se destacar no time Sub-17 e Sub-20 do Esquadrão. Em 2024, com o time titular em Manchester para a pré-temporada, Roger ganhou oportunidades no Baianão e continuou na equipe mesmo com o retorno do time principal.
E então veio a oportunidade com a partida diante do Sport, válida pela Copa do Nordeste, realizada em fevereiro. Roger entrou aos 88 minutos, e brilhou ao dar assistência para Ratão marcar o gol do triunfo tricolor sob o rubro-negro pelo placar de 2 a 1. Parecia que enfim o Tricolor teria uma joia formada nas divisões de base se destacando novamente no time principal, mas isso não aconteceu.
Jogada de Roger para o gol de Ratão. Bahia 2 a 1 Sport. | Foto: Tiago Caldas / EC Bahia.
Jogada de Roger para o gol de Ratão. Bahia 2 a 1 Sport. | Foto: Tiago Caldas / EC Bahia.
Desde o jogo contra o Leão da Ilha, o jovem só entrou em campo uma única vez, diante do Jacuipense, por 29 minutos, no dia 03 de março, em jogo válido pelo Baianão. Após isso, o jovem só esteve relacionado por Rogério Ceni por mais três jogos: no Baianão, diante do Jequié; na Copa do Nordeste, diante do Náutico; e no último jogo do primeiro turno do Brasileirão, diante do Atlético Goianiense.
De lá para cá se passaram 20 jogos. Roger voltou ao time Sub-20 e joga com regularidade, sendo titular da equipe de Rogério Ferreira. Constantemente perguntado sobre a não utilização da base, visto que o Bahia é um dos clubes que menos utiliza jogadores oriundos das divisões de base no Brasileirão (apenas Thiaguinho, Gabriel Xavier e Ruan Pablo entraram em campo), Rogério Ceni ponderou se os jovens estão, de fato, prontos para serem utilizados no time principal.
“Não tenho a convicção de que estejam prontos, vendo os treinamentos. Com todo o respeito e gosto muito dos meninos, é um trabalho bacana. Mas não vejo um jogador de base pronto para ser titular”, disse Ceni em entrevista recente. E completou, dizendo que o objetivo do futuro é que o elenco seja mais preenchido por jovens.
“Acho que, na minha opinião, gostaria que a gente tivesse, no futuro tem que ter 30, 40% do elenco da base, mas temos que alcançar um nível técnico que eles possam entregar no brasileiro”, disse.
Parte da metodologia do Grupo City se refere ao uso das categorias de base para o crescimento dos jovens do clube em conjunto com o time principal. O próprio Manchester City tem exemplos de jovens formados na base, como Phil Foden, Rico Lewis, Nico O’Reilly e Jacob Wright. Resta aguardar para que em 2025 os Pivetes de Aço possam ter oportunidades no time principal.