O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão sendo bombardeados por mensagens e ligações de congressistas insatisfeitos com as notícias dos últimos dias. Aqueles que não têm o contato direto dos presidentes, têm disparados notas e cochichos pela imprensa sobre a atuação (ou não atuação) de Pacheco e Lira.
Os casos de insatisfação vão desde a manutenção da Medida Provisória da reoneração ao fim da isenção de impostos a líderes religiosos. A 24ª fase da operação Lesa Pátria, que teve o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) como alvo, também gerou aborrecimento.
Por esses motivos, é esperada para semana que vem uma reunião entre Lira e Pacheco para discutir esses problemas. O primeiro ponto, da MP da reoneração, é o que está mais pacificado. Por mais que os líderes do Congresso não gostem, Pacheco vai manter o texto até à alternativa de Fernando Haddad, que ainda aposta na reoneração gradual. Caberá a Lira arrefecer os humores.
Já sobre o fim dos benefícios fiscais a pastores, há uma parte da bancada evangélica que quer negociar e outra que quer brigar com Lula (PT). De início, o que está certo é que o presidente da Câmara vai ter uma conversa com as lideranças dos evangélicos na casa. Ele definirá como o grupo de trabalho será montado com o governo federal.
Sobre Carlos Jordy, apesar de não ter sido avisado sobre a ação da Polícia Federal (PF), Lira não deve demonstrar muito apreço pelo deputado. A oposição lançou um manifesto cobrando uma posição de Lira e Pacheco, que só devem se manifestar depois de conversar sobre o assunto.