Após causar polêmica ao declarar que o autismo seria uma “obra do maligno” durante uma pregação, o pastor Pio de Carvalho, líder da Igreja Comunhão Cristã Abba, emitiu uma retratação pública. O episódio ocorreu durante uma palestra em Itapeva, onde o pastor havia sugerido que orar pelas crianças com autismo seria uma forma de expulsar o que ele chamou de “espírito maligno”.
As declarações geraram forte repercussão negativa nas redes sociais e entre especialistas.
Na nota de retratação, Pio de Carvalho esclarece que não é médico ou psicólogo e afirma que sua intenção era destacar que muitas famílias e crianças estão sofrendo intensamente com “opressões” que, segundo ele, são de natureza espiritual. “Meu objetivo na referida palestra foi, unicamente, destacar que muitas das nossas crianças e famílias estão sofrendo intensamente sob opressões que, em minha perspectiva espiritual, são de natureza maligna”, explicou.
O pastor ainda reforça que sugeriu o apoio espiritual por meio de orações, junto ao tratamento clínico e acompanhamento de profissionais especializados. “Acredito que essa prática pode contribuir para resistir ao mal e aliviar a dor de muitas famílias e crianças”, destacou.
Pio de Carvalho pediu desculpas por qualquer mal-entendido que suas palavras possam ter causado e afirmou que, ao longo de seus 40 anos de ministério, seu objetivo sempre foi ser solidário e ajudar com amor e empatia. “Peço desculpas por qualquer falta de clareza que possa ter gerado mal-entendidos”, concluiu.
Leia a nota na íntegra:
Eu, Pio F. Carvalho, venho por meio desta esclarecer a todos os interessados a respeito de uma publicação referente a parte de uma palestra que ministrei no dia 13 de outubro na cidade de Itapeva.
Gostaria de informar que não sou médico ou psicólogo, e o meu intuito na referida palestra foi, unicamente, destacar que muitas das nossas crianças e famílias estão sofrendo intensamente sob opressões que, em minha perspectiva espiritual, são de natureza maligna, essas opressões, se referem ao sistema, que tenta impor que orar por elas é inútil.
Reitero que sugeri, junto ao tratamento clínico e ao acompanhamento de profissionais especializados, que também se considere o apoio espiritual, através de orações. Acredito que essa prática pode contribuir para resistir ao mal e aliviar a dor de muitas famílias e crianças.
Meu sincero objetivo, como tenho feito ao longo de quarenta anos de ministério, é ser solidário, ajudando com amor e empatia. Afinal, o amor é o que realmente importa.
Qualquer interpretação diversa do que foi exposto não condiz com o que eu quis transmitir. Peço desculpas por qualquer falta de clareza que possa ter gerado mal-entendidos.
Que Deus abençoe ricamente as nossas vidas.
Pio F. Carvalho
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