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Paulilo enaltece as vivências das bichas pretas em novo videoclipe

Paulilo, conhecida nas noites quentes soteropolitanas pelo paredão 120% LGBTQIAPN+  do Brasil, o ‘Paulilo Paredão’, lança mais um visual da versão deluxe do EP Apertada&Kent.  Em parceria com a Boca de Filmes, o videoclipe de “Quebradeira da Bixa”, estreia no youtube na próxima sexta-feira (31), e tem direção de Vinicius Eliziário – diretor de Rebento (2019) e Procura-se Bixas Pretas (2022).

O clipe mergulha na intimidade de Paulilo e como suas vivências de bixa periférica e suas referências no pagode baiano dos anos 2000 a moldou como artista hoje.

Embarcamos pelo seu quarto — uma amálgama entre a energia dos anos 2000 e os anos atuais — e acompanhamos a celebrando de sua existência enquanto curte uma praia e um dia de churrasco, no convite da mistura swingueira de sua vida que fazem todos dançarem, de forma simples, leve e divertida.

“O clipe retrata minha vida antes de fazer arte, antes de ser conhecida (…) me vejo quando eu era uma adolescente, que ficava brincando de fazer show com a escova no quarto” revela Paulilo, que atualmente conta com mais de 1000 ouvintes mensais nos apps de música”, inicia. 

“Paulilo defende o incentivo da comunidade LGBTQIA+ na cena musical de Salvador, em especial a cena do pagode, pela importância que é celebrar vidas trans na comunidade, sendo elemento fundamental para a mudança de perspectivas e imaginários”, completa.

O lançamento do clipe faz parte da versão deluxe do álbum, que conta com as faixas bônus, “F*der no Paulilo Paredão, com participação de A Travestis (ao vivo); Madeirada com produção de Deene e Kboco; Balança Remix com produção de Brizalicia. 

“Esse clipe é a ilustração desse pensamento que norteia esse EP. Uma praia, um churrasco, sabe?! É tão natural para nós e tão pouco visto na mídia. Nossa vida, nossos sonhos. Celebrar a vida é nos manter vivas de corpo e de alma.” completa.

Paulilo revela que quando escreveu seu EP, — projeto contemplado no edital de financiamento da Lei Aldir Blanc — queria contar histórias que dizem muito sobre viver na periferia como uma pessoa não-binária, retratando nas letras as paquera, problemáticas, danças e costumes icônicos da comunidade, fortalecendo narrativas de corpos dissidentes, na cena do pagode LGBTQIA+ da Bahia.

 

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