São Paulo – Pela primeira vez na história, uma mulher entra na disputa à Prefeitura de São Paulo grávida. A economista Marina Helena, do Novo, está com 33 semanas de gestação e foi anunciada como pré-candidata do partido em outubro do ano passado.
“Eu sempre falo: metade dos lares do Brasil, e a maior parte dos lares de baixa renda, são chefiados por mulheres, muitas delas mães solo”, diz a pré-candidata do Novo ao Metrópoles.
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Ex-assessora de Paulo Guedes, Marina Helena (Novo) é pré-candidata à Prefeitura de SP Divulgação/Partido Novo
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Marina Helena (Novo) Divulgação/Partido Novo
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Em 2020, Marina seria a vice na chapa de Filipe Sabará na disputa à Prefeitura de SP pelo Novo, mas desistiu Divulgação
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Economista, Marina Helena divulgou imagem de filho “ouvindo”, na barriga, discurso de Milei em Davos Reprodução/Instagram
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Marina Helena, do Novo tem uma filha de 7 anos Reprodução/Instagram
Marina já é mãe de Luna, de 7 anos, e aguarda a chegada do filho Theo para março deste ano. Entre o período esperado para o parto e o início oficial da campanha, em agosto, ela terá cerca de cinco meses de licença-maternidade para a recuperação e o cuidado com o recém-nascido.
No entanto, à reportagem, ela relata que não é a primeira vez que ela enfrenta “novas responsabilidades” durante a gravidez e sai em defesa de oportunidades às mulheres grávidas no mercado de trabalho.
Marina foi contratada na gestora Bozano Investimentos pelo economista Paulo Guedes, que depois se tornaria ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro (PL), quando estava no terceiro mês de gravidez de Luna.
“A maternidade me fez melhorar como pessoa e como profissional”, afirma.
Após trabalhar com Guedes na iniciativa privada, ela foi diretora de Desestatização do Ministério da Economia durante a gestão dele. Atualmente, Marina integra a direção nacional do Novo e será candidata pela segunda vez.
O histórico político de Marina antes da disputa à Prefeitura Em 2022, ela concorreu ao cargo de deputada federal e recebeu 50 mil votos, terminando como primeira suplente. Dois anos antes, ela seria a vice na chapa que concorreria às eleições municipais, mas desistiu diante das polêmicas envolvendo inconsistências na declaração de bens e no currículo do então candidato Filipe Sabará, expulso do partido após o episódio.
“Depois que a Luna nasceu, resolvi entrar pra política, pensando em criar um futuro e uma sociedade melhor para meus filhos. Por isso eu tenho um grande foco na segurança pública, na saúde e na educação”, diz.
Marina Helena fez sua estreia em pesquisas de opinião para a Prefeitura em dezembro, no último levantamento do Paraná Pesquisas, com 3,1% das intenções de votos.
O histórico da disputa eleitoral na capital paulista apresenta apenas 48 candidaturas de mulheres: 22 para a cadeira de prefeita e 26 para a de vice.
Até hoje apenas quatro foram eleitas. Duas prefeitas, Luiza Erundina (1989-1993) e Marta Suplicy (2001-2004), ambas pelo PT, e duas vices: Alda Marco Antônio, do MDB, na gestão Gilberto Kassab (2009-2012), e Nádia Campeão, do PCdoB, na de Fernando Haddad (2013-2016).