Vampeta, campeão Mundial com a seleção brasileira em 2002, revelou em um programa na Jovem Pan que o grupo vencedor daquela Copa do Mundo ficou insatisfeito com as recentes declarações do ex-jogador e comentarista Walter Casagrande, que criticou os jogadores atuais e disse que eles são “distantes” do povo. Kaká, um deles, provocou nas redes sociais o antigo centroavante do Corinthians, que, em vídeo, comentou que os ex-atletas argentinos assistem aos jogos com os torcedores, dos quais são próximos, enquanto os brasileiros “não se misturam” e aparecem ao lado de dirigentes da Fifa.
De acordo com Vampeta, a declaração revoltou alguns dos integrantes do elenco do pentacampeonato, que se manifestaram em um grupo de WhatsApp. Apesar da revolta dos colegas de equipe, ele ressaltou que gosta de Casagrande, mas discordou das declarações e explicou que a presença dos craques em camarotes e eventos da federação são também por compromissos de trabalho. Nos stories do Instagram, Kaká postou uma montagem onde “emprestou” seu lugar próximo a Gianni Infantino, presidente da federação de futebol, a Casagrande.
“Tá dando a maior polêmica aqui, tem um grupo de 2002 da seleção, e os caras estão p… com o Casagrande”, revelou Vampeta. “O Kaká, que é da igreja, mandou assim: ‘ele trabalhou tanto tempo na Globo, por que quando ele cobriu a Copa do Mundo não saía dos estúdios e ia pro meio da torcida? Esse é o mais simples… Se eu mostrar o resto, vai dar uma confusão. Por mais que não, mas eu gosto do Casagrande”.
Ao longo do programa, ele foi citando alguns dos comentários feitos pelos companheiros de elenco: “Vamos dar risada desse cara, é um otário. Tem o Marcos goleiro, uma galera. Luizão, Lúcio, Gilberto Silva… se eu for falar de cada um aqui…”, continuou, reiterando que não concordou com a opinião do colega e citando jogadores estrangeiros que também se aproximaram das autoridades. “Estão lá a trabalho, são contratados da Fifa. Eu vi Pirlo, Seedorf, George Weah. O modo de ser de cada um, de cada país, não quer dizer que você seja mais ídolo ou menos ídolo. Nisso aí o Casão foi mal”.
Casagrande ainda não se pronunciou sobre os comentários dos integrantes do elenco de 2002. No vídeo em que faz críticas aos atletas, os compara com ídolos da Argentina. “Os brasileiros não se misturam, enquanto os argentinos nunca deixaram de ser torcedores”, disse. “Os grandes ídolos estão na arquibancada junto à torcida. Tem Batistuta, Crespo, Zanetti, Cambiasso, Sorín… todos eles no meio da torcida da Argentina, cantando as músicas”, disse.
“Enquanto isso, nossos ex-jogadores, ex-ídolos, estão sentados na tribuna da direção da Fifa. Cafu, Kaká, Roberto Carlos e o Ronaldo, de terno, como se fossem dirigentes. Há falta de identificação dos ídolos brasileiros”, completou. Dos jogadores citados por Casagrande, apenas Ronaldo não está no grupo de WhatsApp citado por Vampeta. O fenômeno não comentou publicamente sobre a posição do ex-atacante.