InícioEditorialPrimeiro verão após pandemia movimentou a economia e deixou saudade

Primeiro verão após pandemia movimentou a economia e deixou saudade

Chegou ao fim, esta semana, a estação mais quente do ano, e esse primeiro verão de eventos pós-pandemia já deixa saudade nos soteropolitanos. A temporada relembrou que a o povo de Salvador adora festa: a capital baiana teve, em três meses, mais eventos que em 2022 inteiro. De 1º de janeiro até o último dia 16, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) emitiu licença para 286 eventos na capital. No ano passado foram 215. 

Além disso, o número de cruzeiros bateu recorde, trazendo turistas de todos os cantos do mundo. A Polícia Federal registrou visitantes de 143 países na Bahia, entre dezembro e março. Foram mais de 10 mil argentinos. Mas também vieram portugueses, espanhóis, franceses e italianos, e gente do Azerbaijão, Paquistão, Finlândia, Madagascar e Indonésia.  

A prefeitura informou que 3 milhões de visitantes estariam em Salvador no verão –  parte deles veio pelo mar. Cerca de 80 cruzeiros estarão atracando na cidade até abril, o que foi considerado um recorde para o período. 

O retorno do Festival Virada Salvador, com 74 shows em dois palcos e 100 horas de música, causou frisson. A meta de alcançar 100% de ocupação hoteleira foi atingida rapidamente, feito muito comemorado depois de dois anos seguidos de pandemia. Nas palavras do prefeito Bruno Reis, esse foi “o maior verão de todos os tempos”. 

“A cidade bombou. Tivemos praticamente 100% de ocupação hoteleira em todo esse período, com as pessoas permanecendo mais tempo na cidade. Antes, elas ficavam no máximo três dias. Agora, em torno de seis dias, graças a tudo o que fizemos, novos equipamentos turísticos que oferecem programação e recuperação do nosso patrimônio histórico e cultural. É uma cidade muito melhor para todos nós que moramos aqui e para os milhares de turistas que recebemos”, afirmou Reis

Janeiro chegou com os famosos ensaios de verão e as festas ficaram lotadas para a alegria do motorista por aplicativo Davi Conceição, 28. Ele conseguiu terminar de construir a casa da mãe: “Isso só foi possível porque trabalhei duro. Dormia durante o dia para fazer as corridas à noite. Tinha festa em todos os cantos da cidade, todos os dias e para todos os públicos”, contou.

O verão trouxe de volta também a tradição da Lavagem do Bonfim. A festa que acontece desde o século XVIII nunca tinha sido interrompida. Deste vez, a procissão marítima foi a maior já registrada. 

Maior festa de rua
O pré-carnaval foi de ruas lotadas no Furdunço e no Pipoco. No Centro Histórico, a Ladeira da Preguiça ficou irreconhecível com tantos foliões, e o circuito Osmar deu sinais claros de que ainda está vivo, com ruas cheias e grandes artistas. Na Barra e nos bairros a festa também foi intensa. 

Segundo dados da prefeitura, o município movimentou R$ 2 bilhões no carnaval. A vendedora ambulante Valdelice Souza, 53, trabalhou muito.

“O carnaval é importante em vários sentidos. Para a gente, é a oportunidade de fazer um pé de meia, um dinheiro que ajuda a pagar as contas nos próximos meses. Mas tem também um lado afetivo que a gente tem com a festa. Carnaval é Bahia, e o baiano é carnaval”, brincou Valdelice

Festival da cidade
Apesar de o verão ter dado ‘tchau’, a folia ainda não acabou. O Festival da Cidade, evento que celebra os 474 anos de Salvador, tem uma programação extensa, que começou no último dia 15 e segue até 2 de abril, com shows, peças teatrais, oficinas. Segundo o prefeito Bruno Reis, o objetivo é claro: “Nós queremos fazer um evento de projeção nacional. Um evento que vai ficar no calendário do Brasil e, em especial, no calendário da nossa cidade”.

Neste sábado terá show de rock no Parque da Cidade com Marcos Clement convidando Thathi, Banda Monarka e Rebeca Matta. No domingo tem Mariene de Castro com Aloísio Menezes, Roberto Mendes e Ganhadeiras de Itapuã no Largo da Mariquita, no Rio Vermelho. Neste dia, a banda Jammil estará no pôr-do-sol do Humaitá, na Cidade Baixa.

No fim de semana seguinte, haverá show de Márcia Short, baile de orquestras e banda Mudei de Nome dando a volta no Dique do Tororó. No domingo, dia 2, tem show de Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Luedji Luna no Farol da Barra, com transmissão ao vivo pela Rede Globo.

*com Larissa Almeida, orientada pela subeditora Fernanda Varela

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