São Paulo – Em meio às acusações da influenciadora Cíntia Chagas contra o deputado estadual Lucas Bove (PL) por agressão, a bancada do PSol na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) propôs alterar o regimento interno para determinar a perda de mandato de deputados que forem condenados por violência doméstica.
O Metrópoles divulgou que a bancada do PSol prepara uma denúncia contra Bove no Conselho de Ética. Enquanto o documento é preparado, os parlamentares protocolaram, nesta quinta-feira (10/10), um projeto de resolução para alterar as regras da Alesp.
O documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, propõe a perda de mandato para deputada ou deputado “que for condenado por violência doméstica, não se limitando à violência física, abarcando também violência psicológica, moral, patrimonial e sexual, conforme definição da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.”
“Hoje tivemos acesso a uma informação tenebrosa, onde um dos parlamentares da Casa, Lucas Bove, está sendo investigado por agressão à ex-mulher. Não podemos permitir que nenhum deputado ou deputada tenha esse comportamento criminoso, ainda mais em um contexto onde as taxas de feminicídio crescem de maneira assustadora”, diz, em nota, a deputada Ediane Maria (PSol), uma das integrantes do Conselho de Ética da Alesp.
O deputado foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou sobre as acusações. O espaço segue aberto para incluir eventuais esclarecimentos.
O caso
Cíntia Chagas e Bove anunciaram o fim do casamento em agosto deste ano, após três meses do enlace. Nessa quarta (9/10), o Portal Leo Dias divulgou que a separação ocorreu por causa de agressões. Cíntia registrou um boletim de ocorrência contra o deputado estadual em setembro deste ano, já após a separação.
À polícia, a influenciadora disse que o deputado era “viciado em agredi-la” e pediu uma medida protetiva contra ele.
De acordo com o boletim, Cíntia relatou um episódio no qual Bove teria arremessado uma faca contra sua perna. O deputado foi procurado pela reportagem para comentar o ocorrido, mas não se manifestou até a publicação deste texto.