O relógio de pêndulo de dom João VI, que foi vandalizado durante os ataques contra as sedes dos Três Podres, em 8 de Janeiro de 2023, foi enviado à Suíça no dia 28 de dezembro para passar por um processo de restauração. A previsão é de que a obra seja concluída em um ano, de acordo com informações do Planalto. A restauração do relógio será realizada por meio de uma parceria entre os governos brasileiro e suíço, anunciada em fevereiro do ano passado, quando a ministra da Cultura, Margareth Menezes, recebeu uma ligação da Embaixada da Suíça oferecendo apoio para intermediar o conserto da peça. O homem responsável por derrubar o relógio foi identificado pelas câmeras de segurança do Planalto e preso em Uberlândia, Minas Gerais, em janeiro de 2023. Além de derrubar o relógio, ele também arrancou uma pequena estatueta que ficava no topo e os números romanos. Ele é réu por diversos crimes, como associação criminosa armada e dano ao patrimônio tombado.
O relógio, que foi trazido ao Brasil por dom João VI em 1808, é uma peça única do relojoeiro Balthazar Martinot. Ele era um presente da Corte francesa e ficava exposto no Palácio do Planalto. Segundo informações do governo, existe apenas mais uma peça do mesmo relojoeiro, que está no Palácio de Versalhes, na França, mas é a metade do tamanho do exemplar vandalizado. A ministra da Cultura, na época, destacou as particularidades do relógio, como o material utilizado em sua confecção, feito de casca de tartaruga. Ela chegou a afirmar que não sabia se a peça poderia ser consertada.