InícioNotíciasPolíticaReposição hormonal pode reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

Reposição hormonal pode reduzir risco de Alzheimer, diz estudo

As mulheres que fazem terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa correm menor risco de desenvolver Alzheimer, segundo sugere um estudo publicado na revista Alzheimer’s Research & Therapy. Os benefícios podem ser ainda melhores para as portadoras do gene APOE4, conhecido por aumentar a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Os pesquisadores da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, acreditam que o tratamento com reposição de estrogênio desempenha um papel importante na melhora da memória e é relacionado a maiores volumes cerebrais para as pessoas com o APOE4. O gene está presente em aproximadamente uma em cada quatro mulheres.

EstudoPara chegar à conclusão, os cientistas analisaram os dados de 1.178 mulheres com mais de 50 anos inscritas no Consórcio Europeu de Prevenção da Demência por Alzheimer, que estuda saúde cerebral a longo prazo. Nenhuma delas tinha histórico de demência no início do programa.

Os pesquisadores observaram resultados de testes cognitivos e volume cerebral registrados por exames de ressonância magnética. As portadoras do gene APOE4 que faziam reposição hormonal para conter os sintomas da menopausa se saíram melhor em testes de memória em comparação às que não fizeram o tratamento. Elas também tinham maiores volumes cerebrais – tamanhos menores são preditivos de risco para Alzheimer.

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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomasPM Images/ Getty Images

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista Andrew Brookes/ Getty Images

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoceWestend61/ Getty Images

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do anourbazon/ Getty Images

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doençaOsakaWayne Studios/ Getty Images

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comunsKobus Louw/ Getty Images

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doençaRossella De Berti/ Getty Images

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vidaTowfiqu Barbhuiya / EyeEm/ Getty Images

De acordo com os cientistas, os resultados foram ainda melhores quando a terapia hormonal foi introduzida precocemente, na perimenopausa, fase de transição para a menopausa.

“A notícia importante é que quanto mais cedo, melhor”, afirma a principal autora do estudo, a professora Anne-Marie Minihane, da Norwich Medical School da UEA, em entrevista à BBC Radio 4.

Ensaio clínicoOs pesquisadores lembram que o estudo não confirma a causa e efeito do tratamento, uma vez que a análise foi observacional e feita com dados disponíveis.

A professora Anne-Marie informa que a próxima etapa da pesquisa é um ensaio clínico para comparação de resultados entre mulheres que possuem ou não o gene.

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