Histórico, épico, surreal. O Real Madrid fez história de novo e mostrou que a camisa pesa, sim, na Liga dos Campeões. O time merengue venceu o Manchester City por 3×1, em uma virada incrível na tarde de ontem, com direito ao brasileiro Rodrygo como herói.
Como um ‘Rayo’ caindo no Santiago Bernabéu, o atacante saiu do banco para marcar dois gols em dois minutos, aos 44 e 45 do segundo tempo, e garantir a ida do duelo à prorrogação. No tempo extra, coube a Benzema fechar o placar e assegurar a vaga. Antes, Mahrez havia aberto o placar para o City.
Maior campeão da Champions, o Real vai para sua 17ª decisão, em busca do 14º título. A partida está marcada para o dia 28, no Stade de France, em Paris, contra o Liverpool.
Será a reedição da final de 2018, quando o time espanhol levou a melhor – e faturou sua última taça até aqui. Em 1981, os clubes também decidiram, desta vez com vitória dos Reds. A equipe inglesa, aliás, vai em busca do 7º troféu.
O jogo
Precisando vencer, o Real começou o jogo pressionando. Aos 4 minutos, Benzema teve boa chance de cabeça, que passou por cima do gol de Ederson. O francês tentou aos 11, para fora de novo.
A resposta do City veio três minutos depois, com chute de canhota de De Bruyne, impedido por Courtois. Bernardo Silva e Phil Foden também obrigaram o goleiro a fazer boas defesas. Gabriel Jesus foi mais um a passar perto, mas o chute foi para fora.
Logo no início do segundo tempo, por pouco o time do técnico Carlo Ancelotti não abriu o placar. Em jogada ensaiada na saída de bola, Kroos lançou Carvajal, que mandou para dentro da área. Vini Jr chegou finalizando e desperdiçou de forma incrível.
O técnico Pep Guardiola se deu até ao luxo de sacar De Bruyne de campo. E, logo depois, o City colocou um pé na final: Gündogan acionou Bernardo Silva no meio, que avançou e tocou para Gabriel Jesus. O camisa 9 deixou a bola passar e Mahrez chegou soltando uma bomba com a canhota, para o fundo do gol.
Aquele resultado ia complicando a vida do Real, que precisava assinalar a virada para, pelo menos, levar a decisão para prorrogação. E o time, que já tinha ressuscitado nas oitavas, contra o PSG, e nas quartas, diante do Chelsea, voltou a operar um milagre.
Aos 44, Rodrygo – que havia entrado aos 22 da etapa final – mostrou seu brilho. Benzema, na ponta esquerda da área, escorou para o Rayo, que aproveitou saída errada de Ederson e escorou para empatar.
O gol botou fogo na partida. Dali, os merengues teriam apenas seis minutos de acréscimos para marcar de novo, se quisessem se manter vivos. Precisaram de somente um. Carvajal cruzou da direita e Rodrygo, aos 45, acertou lindo cabeceio. Animado pela virada e empurrado pela torcida, o Real levava a decisão para a prorrogação.
O terceiro gol não demorou muito. Aos dois minutos do primeiro tempo adicional, Benzema foi derrubado por Rúben Díaz e o pênalti foi assinalado. Ele mesmo bateu, converteu e garantiu mais a virada sensacional para o Real Madrid.