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Rogério Ceni lamenta derrota, diz que equipe “Merecia sorte melhor” e reprova vaias da torcida

O técnico Rogério Ceni, do Bahia, concedeu entrevista coletiva na madrugada desta quarta-feira (6), na sala de imprensa da Casa de Apostas Arena Fonte Nova, após a derrota por 3 a 0 para o São Paulo, em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileirão. Ceni falou sobre o momento do time, a não utilização da base, elogiou a postura da equipe e disse acreditar numa arrancada do Tricolor por uma vaga na Libertadores de 2025.


O treinador admitiu o incômodo com o momento negativo do time, mas afirmou que fará o possível para reverter a situação atual do Bahia.

“Não me sinto confortável em conviver com derrotas. Acho que merecíamos algo melhor, primeiro tempo muito equilibrado, infelizmente sofremos o gol em saída errada e tivemos que nos expor mais. São Paulo toca bem a bola. […] Jogo de sábado muito importante para nós, depois tem pausa. Juventude também precisa do resultado. Vamos ter que montar uma equipe que reverta essa situação para a gente se manter nessa briga pelas sétimas primeiras posições”, declarou Rogério, que elogiou a postura do elenco mesmo com o resultado negativo dentro de casa.

Ceni na beira do campo diante do São Paulo. Foto: Maurícia da Matta / Bahia Notícias.


“Eu não consigo lembrar exatamente de todos os lances. Esse do Lucho eu lembro. Depois do segundo gol, acho que o time se perdeu um pouco por tentar agredir muito o São Paulo. O time não se omitiu, uma postura totalmente distinta da partida contra o Vasco. São tomadas de decisões, acontece. Acho que o Lucho se dedicou muito no jogo. O Jean Lucas também correu, se dedicou. Em matéria de atitude não posso reclamar do meu time hoje. Eu acho que a gente merecia uma sorte melhor no dia de hoje”, completou.


Perguntado se o objetivo do elenco foi atingido ao chegar com antecedência aos 45 pontos (o necessário para se livrar do rebaixamento) e passado isso o elenco se acomodou, Ceni disse que o elenco não se acomodou e que ainda é possível a classificação.


“Meu propósito é ir para a Libertadores. A gente nunca se contentou, nem vamos nos contentar. A gente não vem conseguindo resultados, não vem conseguindo vencer. Contra o Cruzeiro jogamos bem, hoje acho que tivemos momentos. A gente não pode jogar fora essa oportunidade de ir para a Libertadores. Foi um começo muito bom para a gente desistir nesse momento. Sei que é um momento difícil, mas ainda é possível. Não podemos desistir disso. É um sonho que eu tenho ver o Bahia na Libertadores e vou atrás disso”, enfatizou e declarou que a reação precisa começar já diante do Juventude, no próximo sábado (9), às 19h, no Alfredo Jaconi.


“Mas a reação precisa começar neste sábado, não temos mais tempo. Realmente o primeiro tempo do Vasco, eu sinto vergonha como treinador da maneira como atuamos”.

Ceni também foi perguntado a respeito da pouca utilização de jogadores oriundos das divisões de base do Bahia.


“Hoje eu quase coloquei o Tiago no jogo. Pensei em colocar. Ia tirar o Lucho na parte final do jogo, mas achei o Lucho bem fisicamente, marcou bem, chegou com possibilidades. Tiago e Ruan Pablo têm treinado com a gente nesses últimos dias. A gente usa como o exemplo o Estevão, que tem 17 anos e está jogando. Acho que falta um pouco ainda para a gente um nível de competitividade na base. O Bahia está investindo, vamos ter melhor desenvolvimento desses jogadores. Espero poder lançar muitos deles no Campeonato Baiano para ter eles mais prontos em outras competições. Esse é o objetivo”, revelou o técnico.

Perguntado sobre o episódio de ameaça sofrido por ele na madrugada desta terça-feira (5), o Rogério Ceni escolheu não falar sobre o assunto e focou seus comentários no comportamento do torcedor durante a partida, que por vezes vaiou alguns dos jogadores em campo.

“Eu lamento o episódio. Não vou fazer comentários sobre o episódio em si. O torcedor fica chateado, triste, vaia. Me coloco no lugar do jogador, por mais que você erre, acho que é de direito do torcedor, mas durante o jogo… lamento muito, queria o torcedor feliz, sei que estamos devendo resultados, mas essa via não vai ajudar. Os jogadores sentem. A única coisa que eu digo é que durante o jogo, se você começar a vaiar Cauly, Jean Lucas, qualquer jogador, ela não vai favorecer a gente. Não vai fazer que o jogador execute melhores movimentos. O jogador acaba sentindo bastante durante o jogo. A gente já tem muita dificuldade. Precisamos da ajuda do torcedor para fazer os pontos necessários”, finalizou.

Bahia agora encara o Juventude, no próximo sábado (9), às 19h, no Alfredo Jaconi, também pelo Brasileirão.

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