A Rússia está priorizando duas frentes principais: o recrutamento de homens para o Exército e a promoção de um aumento na taxa de natalidade entre as mulheres. Para isso, o governo russo implementou incentivos financeiros para o alistamento militar e introduziu uma nova legislação que permite que indivíduos acusados de crimes evitem o julgamento ao se alistar nas forças armadas. Essas medidas visam fortalecer a capacidade militar do país. A necessidade de mais soldados no Exército russo se intensifica devido às significativas perdas enfrentadas na guerra na Ucrânia.
O presidente Vladimir Putin ordenou um aumento de 180 mil efetivos, elevando o total para 1,5 milhão, o que colocaria a Rússia como a segunda maior força militar do mundo. Contudo, especialistas apontam que essa meta pode ser irrealista, considerando a diminuição da população e a necessidade de mão de obra para a produção de armamentos. Além do recrutamento, Putin tem enfatizado a urgência de elevar a taxa de natalidade no país. O governo estabeleceu metas de fecundidade e está oferecendo incentivos financeiros para apoiar famílias.
Nos últimos 25 anos, a Rússia registrou o menor número de nascimentos, e o governo destina mais de 60 bilhões de dólares para ajudar mulheres grávidas e suas famílias. Os esforços do Kremlin para aumentar a população estão sendo vinculados ao conflito com o Ocidente, com propostas que visam proibir a propaganda contrária à maternidade. A relevância da demografia na geopolítica russa se tornou evidente no contexto da guerra na Ucrânia, onde a Rússia tem conseguido compensar suas perdas de pessoal.
Enquanto isso, o governo mobiliza a população em torno das metas de Putin, com um foco acentuado no recrutamento militar. No entanto, muitas mulheres demonstram ceticismo em relação aos incentivos oferecidos para aumentar o tamanho das famílias, refletindo uma resistência a essas políticas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias